O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto da Costa
teve a prisão preventiva pela Justiça Federal do Paraná nesta
terça-feira. Ele foi preso na sexta-feira no Rio de Janeiro por
suspeitas de envolvimento com doleiros investigados por lavagem de
dinheiro na Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
A
Justiça já havia decretado a prisão temporária do acusado, que era
válida por cinco dias. O mandado de prisão teve por base indicações de
que ele tentava "retirar e esconder" provas que poderiam ajudar a PF na
investigação contra a organização criminosa que, segundo os
investigadores, movimentou cerca de R$ 10 bilhões nos últimos três anos.
A prisão preventiva tem prazo indefinido.
Na
semana passada, quando teve início a operação que resultou na prisão de
24 pessoas e do ex-diretor da estatal, a PF fez diversas buscas. Uma
delas foi na casa de Paulo Roberto da Costa, onde foram encontrados
montantes de R$ 751,4 mil e de US$ 181,45 mil em espécie. Agora, os
investigadores querem ouvir as explicações dele também sobre isso.
As
suspeitas foram reforçadas depois que a PF constatou que Costa teria
ganhado uma 'land rover' do doleiro 'Alberto Youssef', alvo de outras
investigações da PF - entre elas o caso Banestado.
A
Operação Lava Jato já apreendeu, além de dinheiro, documentos e carros
de luxo, obras de arte e joias em seis Estados e no Distrito Federal. Na
capital federal, três suspeitos foram presos. Um deles é o dono de um
dos maiores postos de combustíveis da área central de Brasília, próximo à
Torre de TV, onde também funciona uma lavanderia e uma casa de câmbio.
Os doleiros investigados são responsáveis pela movimentação financeira e
pela lavagem de ativos de diversas pessoas físicas e jurídicas
envolvidas em crimes como corrupção de agentes públicos, sonegação
fiscal, evasão de divisas, extração e contrabando de pedras preciosas e
desvio de recursos públicos.
A
operação foi chamada Lava Jato porque o grupo usava uma rede de
lavanderias e postos de combustíveis para movimentar os valores. Os
mandados foram expedidos pela Justiça Federal no Paraná. São cumpridas
também ordens de sequestro de imóveis, além da apreensão de patrimônio
adquirido por meio de práticas criminosas, bloqueio de contas e
aplicações bancárias.
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