O
PT e o ex-presidente Lula estão assustados não só com o tom adotado
pelo pré-candidato do PSB ao Palácio do planalto, governador Eduardo Campos (PE), ex-aliado do governo, mas também com seu alinhamento com o presidenciável do PSDB, senador Aécio Neves (MG). O assunto foi discutido na reunião do Diretório Nacional petista, anteontem, durante a análise da conjuntura política.
— Ele só não vai mais para a direita porque a Marina (Silva) segura disse um dirigente do PT, após a reunião.
Eduardo Campos endureceu os ataques à presidente Dilma Rousseff nos últimos dias. No último domingo, na reta final da reforma ministerial, ele afirmou que a presidente “distribui cargos como se estivesse distribuindo bananas e laranjas”.
O
socialista tem batido sobretudo na condução da economia, afirmando, por
exemplo, que o governo está mantendo a inflação sob controle
artificialmente. Campos disse recentemente que o Brasil “não aguenta mais quatro anos com a presidente Dilma” e que o governo estaria deixando sumir pelo ralo as conquistas obtidas no governo Lula.
Em um primeiro momento, o ex-presidente Lula, de quem Eduardo Campos foi ministro e era muito próximo, tentou demovê-lo da pré-candidatura, acenando com o apoio do PT a seu nome nas eleições de 2018.
Depois
que o projeto de Campos de disputar a presidência da República ficou
irreversível, o PT e Lula mantinham uma política de boa vizinhança com o
ex-aliado, de olho em uma aliança em eventual segundo turno. Com a
escalada de ataques feitos por Campos ao governo e sua aproximação com
Aécio, esse plano inicial está fora de cogitação.
A
pré-candidatura de Eduardo Campos assusta mais o Palácio do Planalto do
que a do tucano. Para o PT, o melhor cenário seria uma eleição
polarizada, mais uma vez, com o PSDB, fazendo a comparação dos governos
petistas com o do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O maior temor
no PT é de um segundo turno com Campos, já que ele herdaria os votos de
Aécio.
O PT vê com preocupação o cenário eleitoral que se avizinha, principalmente o embate com dois ex-ministros do governo Lula, Eduardo Campos e Marina Silva, que deve ser sua vice. Nas análises internas feitas pelo comando informal da campanha de Dilma, a avaliação é que Campos é mais competitivo, sendo melhor de debate e com um discurso mais atraente do que o tucano.
Fonte: Informações O Globo / Portal Guardian Notícias.
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