O MODELO ATUAL DE REPRESENTAÇÃO RUIU.

Depois do contra-ataque do governo ficou nítido que o atual modelo de representação está falido. Quando falo atual modelo estou me referindo ao “líder de carro de som”, o indivíduo tido como , digamos, ungido para nos representar.

Ele surge, geralmente, com aquele discurso do rompimento, do vamos para cima, do tudo ou nada, do racha. Nós mesmos da RD iniciamos nossa caminhada dessa forma, percebemos que foi um fiasco.

Basicamente, o discurso se prende a dois tópicos: O rompimento declarado contra tudo e todos, propalando sempre uma “verdade universal”; Polarizar com o Governo / Governador (afinal, é muito fácil ser oposição).

Tem sido assim desde tempos pretéritos. Já foram nossos “inimigos” : Cristovam Buarque, Joaquim Roriz e, agora, Agnelo Queiroz. E vai continuar assim nos próximos anos, enquanto não rompermos definitivamente com essa prática.

Os fatos estão aí, o que ganhamos desde fevereiro de 2012? As mudanças estruturais estão vindo, não por causa de representantes, mas por conta de pressões da sociedade civil, assim é que nasceu a PEC 51, por exemplo.
 
Líderes são homens, estão sujeitos às suas vaidades, à concorrência com outros que vão surgindo, ao encanto causado pela bajulação da massa. A busca passa a ser a manutenção desse status, é estar sempre sob os holofotes. Para eles os resultados são o que menos interessam nesse processo todo, o que importa é manter a categoria em constante tensão, à beira do rompimento.

O NCP / SINDPM / BOMBEIROS DF estão com uma nova proposta, a de uma associação nos moldes dos sindicatos. É tarefa árdua, demorada, mas de bases sólidas. Vejamos a definição de SINDICATO:

Um Sindicato é uma associação de trabalhadores tendo como função defender os seus interesses e direitos profissionais e de sua cidadania. Cada trabalhador é livre de participar na constituição de um sindicato e dele se tornar sócio, sendo o conjunto dos trabalhadores organizados num sindicato livre de estruturar e regular o seu funcionamento e definir as formas e os objetivos da ação coletiva. Os sindicatos assumem atualmente um papel primordial na nossa sociedade face às graves crises nacionais a que assistimos. Nas sociedades modernas, a organização segundo interesses comuns é cada vez mais uma necessidade.

Aliás, salienta-se a capacidade negocial que um sindicato detém, concretamente, o direito de contratação coletiva, constitucionalmente consagrado, bem como a capacidade judiciária (isto é, o fato de poderem intervir como parte legítima em ações judiciais) e o direito de participação (nomeadamente na elaboração da legislação laboral).
Toda a ação sindical é um contributo dos trabalhadores não apenas para a defesa dos seus próprios interesses, como também para o desenvolvimento da própria sociedade.

O sindicato não se limita a tratar dos problemas coletivos, decorrentes do exercício da própria profissão, mas igualmente se preocupa com a condição social dos trabalhadores enquanto cidadãos, estando aí a ação sindical direcionada para questões extra profissionais.

Fonte: Dr. Casemiro Laporte - OAB/PR 21.712 / http://sinpefepar.com.br/site/?page_id=65- JusBrasil.