Se o deputado federal Reguffe for partidário da tese de que Deus escreve certo por linhas tortas, deve estar otimista em relação às eleições do Distrito Federal.
Até o mês passado, havia o entendimento de que todos os caminhos estavam fechados para Reguffe, por diversos motivos.
Primeiro, o PDT estaria aliadíssimo com a presidente Dilma Rousseff e apoiaria em Brasília a reeleição do governador Agnelo Queiroz (PT).
O PDT até aceitaria Reguffe (membro do partido) como candidato ao Senado, se este aceitasse formar a chapa com Agnelo e Tadeu Filippelli.
Nas
últimas horas, o quadro está mudando. O dono do PDT nacional,
ex-ministro Carlos Lupi, andou fazendo chantagem partidária exagerada
com a presidente Dilma e estaria propenso a mudar de lado.
Há quem diga que o PDT (que tem dono mesmo), poderia apoiar a candidatura a presidente do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente nacional do PSB.
Há quem diga que o PDT (que tem dono mesmo), poderia apoiar a candidatura a presidente do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente nacional do PSB.
Se isso acontecer, o PDT poderá trabalhar em Brasília aliado com o PSB de Rodrigo Rollemberg, candidato a governador. Sobraria a Reguffe ser candidato ao Senado, com Rollenberg disputando o Palácio do Buriti.
Mas as coisas não são tão simples assim para Reguffe e para o presidente do PDT, Carlos Lupi. O partido detém o Ministério do Trabalho, nas mãos do antigo pededista Manoel Dias, homem que vem desde o tempo do Brizola também mandando na legenda e que quer ficar no governo.
Há força relativa para manter o partido junto a Dilma, mas esta será uma discussão que vai progredir nas próximas semanas.
Quanto a Reguffe, ele ainda tem outro problema dentro do PDT. A cúpula muy esperta do partido sabe que este político ainda jovem de Brasília, se eleito em outubro, logo depois tentará migrar para o partido Rede, a ser criado pela ex-senadora Marina Silva.
Reguffe já foi avisado que, se mudar de partido, o PDT pedirá sua cassação.
Realmente, a posição mais incômoda do quadro eleitoral no DF é a do Reguffe (se bem que a do deputado federal Luiz Pitiman também não é nada confortável).
Fonte: Renato Riella.
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