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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Sistema penitenciário do DF restringe acesso a fotos de presos do mensalão

Registros foram feitos, mas administração alega temor de vazamento

Fotos de condenados pelo mensalão 

BRASÍLIA — A administração do sistema prisional em Brasília restringiu a um grupo seleto de funcionários o acesso às fotos do núcleo político do mensalão. Só poucos deles podem ver as fotografias do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e de mais dois réus do mensalão detidos no Complexo da Papuda desde a última segunda-feira. As imagens são feitas quando os presos ingressam em um presídio no DF e passam a integrar o sistema eletrônico da administração penitenciária que registra todos os detentos, com as respectivas fotografias, endereços e informações médicas, entre outras informações.

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O coordenador-geral da Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe) no DF, João Feitosa, disse ao GLOBO que o acesso foi restrito a um pequeno grupo de servidores, como forma de evitar vazamentos.

— Foram feitas fotos de todos os réus. A restrição a algumas matrículas de servidores ocorreu para não haver vazamento e venda de fotos — afirmou Feitosa.

Apenas os quatro réus em cumprimento de pena em regime fechado têm os prontuários acompanhados das respectivas fotos, às quais O GLOBO teve acesso: o operador do mensalão, Marcos Valério; seus ex-sócios Cristiano Paz e Ramon Hollerbach; e o ex-executivo do Banco Rural José Roberto Salgado. Valério é o único que não está com uma camiseta clara, exigida pela administração do sistema prisional no cotidiano da cadeia. Cada um ocupa cela individual na Penitenciária do Distrito Federal (PDF 1), no Complexo da Papuda.

Os prontuários de Dirceu, Genoino, Delúbio, do ex-deputado federal Romeu Queiroz (MG) e do ex-tesoureiro do antigo PL (hoje PR) Jacinto Lamas — todos em cumprimento de pena em regime semiaberto — estão sem as fotos feitas ao ingressar no sistema. O coordenador-geral da Sesipe afirmou que os registros foram feitos. Além disso, conforme Feitosa, os mandados de prisão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) já traziam as fotos dos réus. Os cinco detentos dividem uma cela numa ala especial do Centro de Internamento e Reeducação (CIR), dentro da Papuda.

— A busca de fotos é feita desde o início da vida penitenciária do réu — disse o coordenador-geral.

A ex-presidente do Banco Rural Kátia Rabello e a ex-funcionária do operador do mensalão Simone Vasconcelos também têm os prontuários eletrônicos livres de fotos. As duas estão no 19º Batalhão da Polícia Militar do DF, dentro da Papuda, por determinação judicial. A unidade não faz parte da administração penitenciária do DF, o que justifica a ausência das imagens nas fichas alimentadas pela gestão dos presídios.

Outros cuidados especiais

O cuidado com a exposição dos réus políticos do mensalão não é o único tratamento especial dado aos detentos. Na edição de ontem, O GLOBO revelou que os presos que cumprem pena no semiaberto estão numa ala especial do CIR, destinada principalmente a presos provisórios com curso superior e a ex-policiais militares que não podem se misturar com detentos comuns. O isolamento foi adotado como medida de segurança.


Fonte: O GLOBO - Vinicius Sassine.

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