Deputado
Chico Leite muda de opinião e procura a imprensa para delcarar ser
contra projeto que reconhece o trabalho das mídias comunitárias e blogs
do DF
No dia 11 de dezembro, em entrevista ao Correio Braziliense,
o deputado Chico Leite afirmou que a Proposta de Emenda à Lei Orgânica
nº 51/2013, que destina 10% da publicidade dos Poderes Públicos do
Distrito Federal para as mídias comunitárias, possui vícios de
inconstitucionalidade.
Vale
lembrar que nas duas oportunidades que teve de votar contra a proposta,
o distrital votou favorável, ou seja, se realmente houvesse os vícios
aventados por ele ao Correio, porque não votou contra a matéria na
Comissão de Constituição e justiça da qual é o presidente?
No dia da última votação na CCJ, de uma subemenda proposta para melhorar o texto da matéria, Chico Leite
não só votou favorável a PELO 51/2013 como posou para foto ao lado dos
profissionais das mídias comunitárias. Ele avisou, mas votou favorável,
como explicar esse tipo de atitude? E outra, como ser voto vencido se
não votou contra?
Deve
ser esclarecido que Chico Leite ao se ausentar do plenário na sessão da
última terça-feira (10/12) não deixou de votar apenas na proposta das
mídias comunitárias, mas em outra de extrema relevância.
As
mídias comunitárias encontram-se numa situação bastante desigual em
relação a grande mídia, e são elas, as pequenas mídias, que chegam com
maior eficácia ao dia a dia do cidadão brasiliense, sobretudo daqueles
que residem na periferia de Brasília.
Se
a destinação de recursos para as mídias comunitárias representa a
criação de reserva de mercado ou a proposição de cota e que por isso é
ilegal, como afirma agora Chico Leite, assim deveria ser também com os
relevantes e imprescindíveis sistemas de cotas que foram instituídos
para assegurar direitos aos negros, às pessoas com deficiência, aos
idosos, aos estudantes das redes públicas de ensino, à mulher, às
pessoas situadas abaixo da linha da pobreza e a diversas áreas da
indústria nacional, sem contar a criação de benefícios tributários para
atender as empresas da Zona Franca de Manaus e a diversos setores da
economia nacional (automobilístico, eletro/eletrônicos, software e
hardware, calçados, etc.), todos, sem exceção, declarados legais e
constitucionais pela Justiça.
O
percentual para as mídias comunitárias foi debatido em encontros
ocorridos dentro e fora da Câmara Legislativa, inclusive com a
participação do Secretário de Comunicação do GDF, jornalista André Duda,
que não apresentou qualquer óbice a aprovação da proposta.
Fonte: Correio Braziliense.
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