Numa
tentativa de se antecipar aos adversários da disputa presidencial de
2014 e garantir o discurso de temas centrais da vida dos eleitores, o
presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), lança na próxima
terça-feira uma cartilha com 12 pontos que deverão ser a "raiz" das
propostas de governo para a disputa eleitoral. Segundo tucanos ouvidos
pelo Broadcast Político, ainda não foi definido até o momento um nome
para o documento, mas o conceito passará pelo tema da "mudança", o mesmo
adotado no programa partidário de rádio e TV que adotou o mote "quem
muda o Brasil é você".
Os 12
pontos foram fechados nesta sexta-feira e o documento deverá ser
apresentado à Executiva Nacional da legenda na manhã de terça-feira e
divulgado ao público à tarde em evento previsto para ocorrer no
Auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados.
Na
carta deverão constar os temas que foram discutidos nos últimos meses
por Aécio Neves e representantes da área social, econômica, do meio
ambiente, do agronegócio, da segurança pública, da educação, entre
outros.
Dentro
da questão econômica, Aécio Neves deve reforçar as críticas ao
"intervencionismo do Estado", o que na avaliação da legenda é uma das
causas de fuga de investimentos do País. A questão da intervenção do
governo deve ligar ao ponto em que deverá ser abordada a política
externa e as "cadeias globais" de mercado. Uma das críticas que deverá
ser feita em relação à atuação do governo Dilma no campo das relações
exteriores é o "viés ideológico" nas tomadas de decisões. O documento
deve ainda levantar a questão sobre a "falta de transparência" entre o
Tesouro e o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES).
No
último mês de julho, Aécio cobrou da tribuna do Senado informações sobre
os empréstimos que o banco concedeu a outros países. "Estamos oficiando
ao BNDES no sentido de que haja transparência nos financiamentos que
essa instituição financeira tem dado a outros países, em especial Cuba e
Angola, agora carimbados como transações secretas, de segurança
nacional", disse o senador na ocasião.
A
discussão sobre o papel das agências reguladoras criadas na gestão do
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também deverá entrar em debate
pelos tucanos. O entendimento de parte do partido é que elas foram
enfraquecidas pelo aparelhamento realizado pelo governo do PT. O
documento segundo integrantes da legenda não pretende ser um programa
fechado de governo mas lançar diretrizes que servirão como um norte para
serem utilizadas durante o próximo embate eleitoral de 2014.
Informações
Agencia Estado.
Fonte: Guardian Notícias - redacao@guardiannoticias.com.br
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