O
secretário de Cultura Hamilton Pereira conseguiu manobrar o fechamento
do Teatro Nacional Cláudio Santoro, que aconteceria ontem, para
dezembro. Com o famoso jeitinho brasileiro o Corpo de Bombeiros aceitou a
“desculpa” de que o Governo do Distrito Federal vai solucionar os
problemas de segurança e higiene que deram margem a ação do Ministério
Público para fechar o Teatro. Só que o próprio GDF admitiu que em 2014 o
objeto de desejo dos produtores sem compromisso com o público – a Sala
Villa-Lobos – permanecerá fechada sem prazo para reabrir.
O
tal “jeitinho” é que o Corpo de Bombeiros do DF, corporação ligada a
Secretaria de Segurança e Casa Militar, vai continuar usando as Salas
Villa-Lobos e Martins Penna para suas atividades profissionais e
lúdicas, sem o pagamento da taxa mínima que varia entre R$ 600 a R$ 10
mil por dia.
O
MP resolveu responsabilizar o Corpo de Bombeiros caso haja algum
problema com o público na utilização das instalações do Teatro Nacional.
A pergunta que fica no ar é: será que a Capital Federal vai precisar
assistir uma tragédia, nos moldes da que aconteceu em Santa Maria no Rio
Grande do Sul, para que o Governo tome verdadeiramente uma providência?
Reforma cultural II
Enquanto
o TNCS não fecha, os “amiguinhos” da cúpula da Secretaria de Cultura
vão sorteando as pautas, que por lei deveriam ser licitadas, para
garantir os gordos borderôs fiscais que legalizam entradas de dinheiro
vivo. Detalhe: no Teatro Nacional não se vende ingresso com cheque ou
cartão. É tudo dinheiro vivo e de fácil movimentação.
Reforma cultural III
Enquanto
isso, do outro lado da cidade, o Cine Brasília, recém-inaugurado
durante o Festival de Cinema depois de ficar fechado quase dois anos
para reforma, foi entregue ao público com cadeiras novas, equipamento de
som e de projeção novos.
Mas
as tais reformas prometidas pelo GDF: a divisão do espaço em no mínimo
duas salas e a instalação de restaurante e bar para manter atividades
constantes, foi pura balela.
O
Cine Brasília já está fechado novamente e a área às moscas, pois não se
justifica mais, no mundo moderno, uma sala de exibição daquele tamanho.
Mesmo durante o Festival de Cinema, a sala, especificamente, esteve
vazia. O burburinho acontecia do lado de fora onde artistas, produtores e
cineastas trocavam figurinhas e teciam o “network”. Mais uma vez se
comprova que não há gestão com a “coisa” pública.
Fonte: QuidNovi por Mino Pedrosa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário