O “luto” de Reguffe pela morte eleitoral da Rede Sustentabilidade durou pouco.
O senador Rodrigo Rollemberg nem bem teve tempo de capitalizar o bônus
da inusitada aliança firmada entre Marina Silva e PSB, que o seu até
então mais importante cabo eleitoral, deputado federal Reguffe, o
atropela por fora e se lança candidato ao governo do Distrito Federal.
O deputado entendeu rápido que a única “viúva” é Marina Silva, que por
sua vez encontrou nos grandes olhos azuis do líder mor do PSB,
governador Eduardo Campos, o aconchego paternal para chorar suas mágoas e
dar a volta por cima de um iminente ostracismo político.
O senador Cristovam Buarque foi rápido ao forçar Reguffe a tomar
coragem para assumir a candidatura ao Buriti. Só faltou combinar com os
“russos”, como bem disse um dia o craque Mané Garrincha.
No caso, faltou
combinar com o politiburo pedetista composto por Carlos Lupi, Carlos
Lupi, Carlos Lupi e Carlos Lupi. Sem esse aval, nada pode acontecer em
terras brizolistas. Basta lembrar que enquanto o Senador Cristovam
Buarque e o próprio Reguffe encaparam a campanha de afastamento
programático e pragmático ao Governo Agnelo, o presidente do PDT
abençoava a nomeação do pedetista Marcelo Aguiar para a Secretaria de
Educação do GDF. E de nada adiantaram os esperneios de Buarque e
Reguffe. O partido está representado no governo petista do GDF, assim
como se mantém à frente do Ministério do Trabalho da Presidenta Dilma
Roussef. Em síntese, o PDT continua um satélite do PT.
Na prática, o lançamento da candidatura do deputado Reguffe ao Buriti
deixa apenas mais evidenciado o compromisso com o projeto eleitoral do
governador Agnelo e seu vice Tadeu Filippelli, na medida em que ajuda a
descolorir a pintura do arco Iris partidário de uma eventual
pré-candidatura de Rollemberg ao GDF. O senador e o seu partido ficam
cada vez mais isolados no contexto político local. É razoável afirmar
que PDT e PSB estarão em palanques opostos em 2014.
Reguffe |
No imponderável do universo político, há de se respeitar e compreender
que o planejamento frio e cartesiano importa tanto ou mais do que
rompantes acalorados. Nesse momento atual, parece que está funcionando à
estratégia do “dividir para diminuir” conduzida pela dupla ”Agnelo e
Filippelli”.
Já no lado oposto a orientação é somar. Eliana Pedrosa (PPS), Fraga
(DEM), Izalci e Pitiman (PSDB) seguem na construção de um projeto
político eleitoral único, capaz de aglutinar todas as forças de oposição
no Distrito Federal.
A cada dia fica mais claro que a disputa para o Buriti estará dividida entre a situação e uma única e unida oposição.
Fonte: Guardian Notícias - Por João Zisman
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