Joan Góes Martins Filho |
Por José Seabra - A
Câmara Legislativa, sem voz há muito tempo, acaba de descobrir que está
com pés e mãos atados. Propaga ser Poder do povo, mas tem um slogan
bonito dirigido às moscas. ‘Entre, a Casa é sua’. E quando acontece de
os deputados distritais aprovarem algo em benefício da sociedade,
ninguém fica sabendo.
A
Mesa Diretora, teoricamente comandada por Wasny de Roure (PT) e Agaciel
Maia (PTC), anda aflita. Os dois vivem entrincheirados. Já não têm
forças para reagir às críticas dos próprios pares.
Wasny e Agaciel, sabe-se lá porque, cedem cada vez mais à ditadura de Joan Góes Martins Filho, um servidor jovem, que teria um futuro brilhante pela frente, prejudicado por sua prepotência. Vive de pouco trabalhar e muito passear.
Joan
é o maior marajá da Câmara Legislativa. Enquanto um deputado recebe
mensalmente 20 mil 42 reais brutos, ele embolsa 32 mil reais. São 50% a
mais. Dinheiro para ele gastar em passeios de barcos pelo Lago Paranoá,
nas praias do Rio, nos bares e boates do Lago Sul.
O
salário de Joan Góes Martins Filho é uma afronta à Constituição
Federal. Fere todos os princípios da ética e do bom senso. Está sete mil
reais acima do teto permitido pela legislação.
Mas
ele, como Secretário Geral da Mesa Diretora, não permite que se torne
público o que ganha. Joan parece ter na manga a carta de vigésimo quinto
distrital. Ou tenebrosos segredos emoldurados ao lado de um fictício
diploma de parlamentar.
Dos
24 deputados de verdade, vinte e dois estão emparedando Wasny e
Agaciel. O clima é tenso. Nuvens densas se avolumam nos gabinetes. O ano
eleitoral está batendo na porta e muitos temem a renovação do mandato.
Porque se fazem, ninguém fica sabendo.
Não
culpam Joan Góes Martins Filho. Transferem a responsabilidade da
inoperância a Wasny e Agaciel. Os dois, dizem seus pares, não têm pulso
para colocar um freio nas rédeas do Secretário Geral.
E Joan Góes Martins Filho vai nadando de braçadas, seja no Paranoá, seja em Ipanema.
Por
obra do Secretário Geral, a imagem da Câmara Legislativa virou sinônimo
de caos. Enquanto isso, Joan Góes Martins Filho vive aparecendo em
redes sociais. Um luxo que sequer os deputados de verdade se permitem.
O
quadro é catastrófico. A Câmara não dará publicidade dos seus atos,
porque Joan Góes Martins Filho não quer. Matou a cobra e ameaça mostrar o
pau. Os deputados não vão prestar contas à população, não vão divulgar o
que estão fazendo. Porque o Secretário Geral disse não.
De
um investimento de 25 milhões de reais previstos para este ano, apenas
30% serão aplicados. O projeto da tão prometida TV Legislativa, que
Wasny de Roure prometeu colocar no ar imediatamente, está emaranhado nas
teias de aranha que proliferam no fundo de uma gaveta de Joan Góes
Martins Filho.
O
descaso com a imagem da Câmara tem refletido diretamente nos próprios
deputados. Eles andam desanimados. Por conta disso, o Poder Legislativo
não funciona. Na prática, há apenas uma sessão por semana. E quando isso
acontece, é para votar projetos do Palácio do Buriti.
Afinal, é preciso fazer valer a máxima de que o Legislativo é um apêndice do Executivo.
Alheio
ao drama dos distritais, Joan Góes Martins Filho gasta sem entrar no
cheque especial. Também, não precisa. Por mais que desembolse, marajá
tem sempre um dinheiro extra acumulado em cima de 32 mil por mês.
Fonte: Notibras / Blog do Odir Ribeiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário