Documentos foram apreendidos no Ministério do Trabalho
A
Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público Federal,
Controladoria-Geral da União e Receita Federal do Brasil, deflagrou na
manhã desta segunda-feira (9/9), a Operação Esopo para prender acusados
de desvio de recursos públicos a partir de fraudes em processos
licitatórios. Foram expedidos pela Justiça 25 mandatos de prisão
temporária e 12 mandatos de condução coercitiva. Além disso, mais 44
mandados de busca e apreensão e, também, 20 mandados de sequestro de
valores, bens móveis e imóveis.
No DF, uma equipe da PF e da CGU foi até o Ministério do Trabalho e
Emprego (TEM) por volta das 7h e saiu depois das 10h levando documentos
apreendidos da Secretaria de Políticas Públicas de Emprego. Há mandados
de prisão ainda não cumpridos. O ex-ministro do Trabalho e atual
secretário executivo da pasta, Paulo Roberto Pinto, foi convocado a
comparecer à Superintendência da PF no começo da manhã. Pouco depois das
10h, ele foi liberado após prestar depoimento e, de acordo com a
assessoria do MTE, já está trabalhando no gabinete dele.
De acordo coma Polícia Federal, a organização criminosa, formada por
uma Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público),
empresas, pessoas físicas e servidores públicos de alto escalão, além de
agentes políticos, fraudava processos licitatórios, direcionando as
contratações de atividades diversas à Oscip junto a prefeituras
municipais, Governos Estaduais e Ministérios do Governo Federal.
Os fraudadores agiam a partir da assinatura do contrato, superfaturando
os valores dos serviços prestados. Segundo a investigação da Polícia
Federal, eram feitos repasses milionários às empresas integrantes da
Oscip. As investigações da Polícia Federal demonstraram que, apenas nos
últimos cinco anos, a Oscip recebeu valores superiores a R$ 400 milhões
das adminsitrações públicas federal, estadual e municipal de 10 estados e
no Distrito Federal.
Mandados
Além das prisões, estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão
na Oscip, em empresas pertencentes ao esquema criminoso, e nas sedes de
prefeituras mineiras: Araçuaí, Coração de Jesus, Januária, São
Francisco, São João da Ponte, Taiobeiras e Três Corações. Também estão
sendo alvo de busca e apreeensão um Instituto do Governo de Minas
Gerais, um ministério e a Federação das Indústrias do Estado de Minas
Gerais (Fiemg).
Os presos responderão, na medida de suas participações, por crimes
contra a administração pública, formação de quadrilha, falsidade
ideológica, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro, dentre
outros. Se condenados, as penas máximas aplicadas aos crimes ultrapassam
30 anos.
Fonte: Correio Braziliense - Por Adriana Caitano - Estado de Minas
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