Deputado Patrício |
Cumplicidade contra parlamentares, dentro e fora dos dois poderes
Parece coisa de filme policial, quando os bandidos emboscam os mocinhos e tentam a todo custo matar quem os investiga.
Em Brasília a historia é real, e no enredo estão envolvidas autoridades do Buriti, parlamentares e assessores distritais, empresários, políticos locais e até federais, alcançados pelas investigações sobre o uso de emendas parlamentares e de verbas federais em eventos realizados.
As "provas são contundentes," as investigações da Policia Civil e Ministério Público do DF coletaram farta documentação, e os grampos falam por si só.
Em Brasília a historia é real, e no enredo estão envolvidas autoridades do Buriti, parlamentares e assessores distritais, empresários, políticos locais e até federais, alcançados pelas investigações sobre o uso de emendas parlamentares e de verbas federais em eventos realizados.
As "provas são contundentes," as investigações da Policia Civil e Ministério Público do DF coletaram farta documentação, e os grampos falam por si só.
Alguns grampos autorizados pela justiça, podem provar que o conluio
entre autoridades do legislativo e executivo local, foi montado para
afastar o delegado Flamarion da Decape que investigava em diversos
inquéritos os desvios de dinheiro público.
Um dos investigadores informou ao blog que dois grampos deixam bem
claro o empenho de um deputado distrital e uma alta autoridade
governamental para a retirada do delegado Flamarion do caso, fato
comemorado pelo deputado Raad Massouh em um terceiro grampo autorizado pela
Justiça do DF.
O afastamento de Flamarion foi fundamental para que vários dos
investigados por desvios de recursos públicos continuassem operando
livremente, o que eles não sabiam era que o Ministério Público continuou
investigando, robustecendo as provas contra todos, e hoje elas se
encontram no judiciário.
Dr. Michel |
Contando com a lentidão da Judiciário, "um verdadeiro consórcio foi
montado para desmoralizar Dr. Michel e Joe Valle, ambos membros da
Comissão de Ética, e por último o deputado Patrício que além de
integrante da comissão é o corregedor da CLDF", vale tudo na tentativa
de brecar o trabalho que poderá levar a cassação do mandato do distrital
Raad Massouh, eles estão sendo investigados clandestinamente,
diariamente são monitorados, suas vidas particulares são rebuscadas até
por parlamentares e assessores que não compõem a base do governo."
Confidenciou uma fonte que pede anonimato.
A Câmara Legislativa está literalmente dividida, o clima é de tensão
visível, e poucos são os parlamentares que se atrevem a manifestar
publicamente sua opinião sobre os casos.
Joe Valle |
Um dos parlamentares que apoia a ideia de livrar todos de qualquer
investigação, em reunião fechada, "atacou as manifestações de ruas que
lavaram o Brasil de ponta a ponta recentemente," alegando que, “uma vez
aberta a porteira o legislativo estará vulnerável."
Recentemente um assessor direto do deputado Raad confidenciou a amigos
que foi contrário a confecção de um vídeo postado na internet com
acusações contra o Dr. Michel. A ele era atribuído "o suposto uso
irregular da verba de gabinete para pagar o IPVA de um veículo alugado,"
mas fracassaram na tentativa de causar-lhe um escândalo.
Em outra tentativa de desmoralizar o presidente da comissão de ética,
um servidor legislativo foi flagrado tentando obter "clandestinamente"
alguma "documentação" de emendas parlamentares de autoria de Dr. Michel
que pudesse causar-lhe um certo constrangimento.
Dias atrás denunciamos que um empresário da cidade do automóvel
investiu contra um parente do deputado Joe Valle, pedia para que ele
"convencesse" o parlamentar, insinuando que circula na cidade, a
história de um dossiê com supostas irregularidades contra Joe, o
objetivo é faze-lo “aliviar” no parecer da Comissão de Ética. Tentam
amedrontá-lo.
Fontes do blog confirmaram que o mesmo grupo que criou o dossiê, é
autor de um outro que foi usado na campanha de 2010, e tinha como
objetivo atingir não só o distrital, mas também o hoje senador Rodrigo
Rollemberg. Na ocasião, cópias foram entregues em diversas redações de
jornais e revistas.
O empresário também foi alvo de investigação, contou a amigos que
"escapou por pouco de ter apreendido um considerável valor em dinheiro
quando sofreu uma busca e apreensão" pela Polícia Civil do DF.
Outras fontes do blog revelam que "o corregedor da Câmara Distrital é
alvo também de um secretário do governo do Distrito Federal, auxiliado
por um aliado e ex-servidor da Câmara Legislativa, que juntos entregaram
dois dossiês a um diretor e uma jornalista de um jornal da cidade. O
encontro aconteceu em um restaurante na quadra 402 sul. Considerado
"traidor" por diversos colegas de parlamento e que "não aceitam o seu
posicionamento independente, "as investidas contra ele são mais
agressivas, é o mais monitorado." E até uma ex-namorada teria sido usada
para subtrair informações e documentos de movimentação de suas contas
bancarias."
Como corregedor, "esperavam dele um posicionamento brando no caso
Raad," foram surpreendidos, e agora temem os seus adversários que se as
representações contra os deputados Aylton Gomes, Rôney Nemer e Benedito
Domingos chegarem à corregedoria sejam todas enviadas também à comissão
de ética."
As mesmas fontes revelam que estão sendo estudadas algumas fórmulas até
a reunião da Mesa Diretora, para "respaldar seus membros a arquivarem
os três pedidos de investigações" e que, "o verdadeiro motivo da saída
do ex-procurador da Câmara Legislativa, foram pressões para que ele
recuasse no seu parecer pela admissibilidade dos pedidos apresentados
pela Ong Adote um distrital. Embora negue, ele preferiu pedir exoneração
do cargo."
Ninguém está livre das investidas do grupo que tenta prejudicar o
trabalho de quem quer trabalhar com isenção. Ainda outro dia ao
postarmos uma nota dando conta da existência de gravações que poderão
agravar a situação do deputado Aylton Gomes, nos foi enviado um e-mail
em tom ameaçador, diziam que um grupo de 1200 bombeiros está disposto a
tudo para salvar o parlamentar das acusações que lhe são imputadas.
Pelo jeito, o Distrito Federal caminha a passos largos para a
deflagração de uma nova Operação Caixa de Pandora, com outro nome quem
sabe, mais tão grave quanto a que expôs outros grupos criminosos que
sobrevivem do dinheiro do contribuinte.
Quem sabe? Só o tempo dirá. Vamos aguardar.
Fonte: Edson Sombra
Nenhum comentário:
Postar um comentário