Nesta
semana, o personagem de nossa série de reportagens "De Olho no Senado" é
o presidente regional do PTB/DF, senador Gim Argello. Suplente nas
últimas eleições, Gim tornou-se senador após a renúncia de Joaquim
Roriz, que deixou o mandato após suspeitas de envolvimentos em
irregularidades, no caso da "bezerra de ouro". De posse do mandato e
acostumado a desfilar pelos carpetes azuis, ele tenta de todas as formas
manter-se no páreo.
Entretanto,
sua determinação não tem sido suficiente para garantir-lhe a chance de
entrar na disputa. Até o momento, ele não tem encontrado entusiastas que
acampem o seu projeto de reeleição. Muitos fatores atrapalham as suas
pretensões políticas.
Com o
seu sorriso largo e muita habilidade política, Gim rompeu fronteiras.
Ele conseguiu a façanha de ser um dos políticos mais queridos e próximos
da presidenta Dilma Rousseff. Já no governo petista do governador
Agnelo Queiroz, ele não contou com o mesmo prestígio. O senador foi
solenemente ignorado pelo reino vermelho candango e não está nos planos
do projeto de reeleição de Agnelo. O deputado federal José Reguffe (PDT)
é o preferido. Isso irritou profundamente ao parlamentar, que não
deixou barato.
No último dia 4 de julho, Gim em uma reunião de empresários, disse com todas as letras, que não faz mais parte do “Novo Caminho” (leia aqui).
Isso em meio a uma enxurrada de críticas, a gestão petista. O senador,
juntamente com o seu partido, vai seguir uma trilha diferente rumo a
reeleição ao Senado.
Fontes
do Palácio Buriti chamam o senador de, “político sem voto” e que no
máximo que ele deveria disputar uma vaga de deputado distrital. Mas Gim
não se dá por vencido e tenta de todas as formas encorpar sua reeleição
ao Senado. O sonho de Gim é montar uma chapa alternativa à reeleição do
governador Agnelo Queiroz. O eldorado do senador é convencer o
vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB) a encarar essa espinhosa
empreitada.
Mas em
se tratando de Gim Argello, é bom ficar esperto. Ele costuma contrariar a
lógica. Não é a toa que o político se tornou um dos mais bem
relacionados dentro do Congresso, não se deve subestimar a capacidade de
articulação do parlamentar. Sua maestria nos bastidores é bastante
conhecida. Quando pensam que Gim não tem nada a mostrar, ele coloca as
cartas na mesa e surpreende a todos.
Histórico -
Jorge Afonso Argello, suplente de Joaquim Roriz, tornou-se senador com a
renúncia do titular em 2007 e tem mandato até janeiro de 2015. Formado
em Direito, Gim já era empresário bem sucedido na cidade de Taguatinga
antes de iniciar a carreira política no final dos anos 80, em Brasília,
no então PFL (hoje DEM).
Eleito
deputado distrital em 1998, reelegeu-se em 2002, pelo PMDB. Foi
presidente da Câmara Legislativa do DF de 2001 a 2002. Em 2005, ano em
que foi secretário do Trabalho no Governo do Distrito Federal, filiou-se
ao PTB, partido do qual é vice-presidente nacional e líder no Senado.
Concorrentes -
Na série de Olho no Senado, retratamos os pré-candidatos declarados e
comentados até agora no atual cenário político. Nas reportagens
anteriores, falamos sobre o deputado distrital Olair Francisco (leia aqui), do colega de CLDF Chico Leite (leia aqui) e do deputado federal José Antônio Reguffe (leia aqui). O próximo será o Secretário de Habitação Geraldo Magela.
Fonte: Blog do Odir - redacao@guardiannoticias.com.br
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