Por Suzano Almeida do Jornal de Brasília
A
reunião com todos os parlamentares, marcada para discutir a abertura do
segundo semestre da Câmara Legislativa, na manhã de ontem, serviu para o
corregedor da Casa, deputado Patrício
(PT), mandar o recado para as forças políticas que esperam paralisar o
desenrolar de processo de cassação contra distritais com ameaças de
divulgação de dossiês contra membros da Comissão de Ética e Decoro e
contra o próprio corregedor: “A pressão não me fará recuar, o que não
vou aceitar é sacanagem”.
Segundo
um blog, um parlamentar não identificado e pessoas do alto escalão do
Executivo estariam envolvidos em complôs para pressionar os distritais
Joe Valle (PSB), Doutor Michel (PEN) e Patrício a não darem seguimento
aos processos contra Raad Massouh (PPL), que aguarda a publicação do
relatório da Comissão de Ética, e contra os deputados Aylton Gomes (PR),
Benedito Domingos (PP) e Rôney Nemer (PMDB), que estão com pedido de
abertura de processo na Mesa Diretora da Casa.
Dossiês
“Deixei
bem claro, tanto na reunião com todos os parlamentares, quanto com a
bancada do meu partido: Não fiz acordo com ninguém. Sempre tive uma
postura coerente, tanto como oposição quanto na base e não vou me furtar
ao meu papel como corregedor”, declarou Patrício.
Por Suzano Almeida do Jornal de Brasília.
A
reunião com todos os parlamentares, marcada para discutir a abertura do
segundo semestre da Câmara Legislativa, na manhã de ontem, serviu para o
corregedor da Casa, deputado Patrício (PT), mandar o recado para as
forças políticas que esperam paralisar o desenrolar de processo de
cassação contra distritais com ameaças de divulgação de dossiês contra
membros da Comissão de Ética e Decoro e contra o próprio corregedor: “A
pressão não me fará recuar, o que não vou aceitar é sacanagem”.
Segundo
um blog, um parlamentar não identificado e pessoas do alto escalão do
Executivo estariam envolvidos em complôs para pressionar os distritais
Joe Valle (PSB), Doutor Michel (PEN) e Patrício a não darem seguimento
aos processos contra Raad Massouh
(PPL), que aguarda a publicação do relatório da Comissão de Ética, e
contra os deputados Aylton Gomes (PR), Benedito Domingos (PP) e Rôney
Nemer (PMDB), que estão com pedido de abertura de processo na Mesa
Diretora da Casa.
Dossiês
“Deixei
bem claro, tanto na reunião com todos os parlamentares, quanto com a
bancada do meu partido: Não fiz acordo com ninguém. Sempre tive uma
postura coerente, tanto como oposição quanto na base e não vou me furtar
ao meu papel como corregedor”, declarou Patrício.
O
deputado disse saber sobre a confecção de dossiês contra ele e sobre a
desconfiança de haver escutas em seus telefones. “Eles estão tentando
forjar dossiês para que os deputados possam aliviar nos processos, mas
tanto eu quanto os deputados Joe e Michel não o faremos”, garante
Patrício, que completa: “Em relação ás escutas telefônicas, só conheço
dois tipo de pessoas que fazem esse tipo de coisa: polícia e bandido,
para saber o que pensam os outros. Eu passei 16 anos da minha vida
combatendo bandidos e não vou compactuar com bandidos”, ponderou.
Julgamento
Patrício
anunciou que vai pedir à Mesa Diretora para que, se houver elementos
suficientes, envie à Corregedoria o pedido de abertura de processo
contra os deputados acusados de participar do Mensalão do DEM, revelado
na Operação Caixa de Pandora. “A abertura de processo garante aos
acusados o amplo direito de defesa e não significa que o acusado será
cassado. A Corregedoria e a Comissão de Ética não condenam ninguém, o
Plenário é quem é soberano em sua decisão de salvar ou condenar alguém”,
recorda o distrital. “Os parlamentares têm que saber que a sociedade
vai cobrá-los”, concluiu.
A
decisão da Mesa Diretora para que se envie ou não o pedido contra os
deputados Benedito, Aylton e Rôney à Corregedoria deverá ser tomada
amanhã, na primeira reunião do grupo, após o recesso.
Novos nomes na lista
Patrício
prevê um semestre difícil para a Câmara Legislativa, especialmente as
instâncias que fiscalizam as denúncias contra os deputados.
Para
ele, até o final do ano novos nomes podem entrar na lista de
investigados da Casa. “Eu disse que isso ocorreria na época da Caixa de
Pandora e já disse isso novamente aos demais parlamentares”, disse
Patrício sem revelar quem está sob suspeita.
Amanhã,
a partir das 14h20, na sala das comissões, a Comissão de Ética e Decoro
Parlamentar começa a realizar oitivas de testemunhas do processo de
cassação do deputado Raad Massouh. Serão ouvidos pelo relator, Joe
Valle, o delegado do caso Henry Peres Ferreira Lopes e os empresários
Carlos Henrique Pereira Neves e Maria Inês Viana de Lima e Silva Ávila.
Outras testemunhas, como o delegado afastado do caso Flamarion Vidal, devem ser ouvidos na próxima semana.
Que dossiês?
Por
meio de sua assessoria, Joe afirmou desconhecer a existência de
dossiês. “Minha vida é transparente e não tenho nada a esconder”,
declarou o relator, que deverá apresentar seu relatório sobre o caso
Raad no próximo dia 20.
Fonte: Odir Ribeiro
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