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quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Comissão de Ética aprova processo de cassação de Raad Massouh

Por quatro votos e uma abstenção, Comissão aprova perda de mandato

Raad, com um terço entre os dedos, durante votação


Naira Trindade - Nem mesmo o terço religioso que apertava entre os dedos durante toda a votação da Comissão de Ética da Câmara Legislativa livrou o deputado Raad Massouh (PPL) da cassação. Por quatro votos a um, distritais decidiram pela perda do mandato de Raad acusado de desviar recursos de emendas parlamentares. Com isso, o distrital conta agora com o corporativismo dos colegas para se livrar da cassação em processo que deve ser votado em até cinco semanas no plenário da Casa.

Primeiro a deferir o voto, o relator Joe Valle (PSD) argumentou que não se pode ser “conivente e nem conviver” com um parlamentar acusado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios pelos crimes de contratação ilegal, dispensa de licitação, lavagem de dinheiro e peculato. Joe Valle recebeu duras críticas do colega Agaciel Maia (PTC), que considerou o relatório vazio e sem sustentação. “[O relatório] só mostra uma série de suposições sem provas cabais”, disse.

Já o deputado Patrício (PT) rebateu as alegações de Agaciel sobre a responsabilidade do Executivo de fiscalizar o dinheiro de emendas usado para eventos em Sobradinho. “Não é de responsabilidade desta Casa avaliar a fiscalização do Executivo, mas sim assegurar que o dinheiro público seja usado de forma séria”. Exceção à regra, o deputado Olair Francisco (PTdoB) se absteve de votar. Agora, o processo será encaminhado à Comissão de Constituição e Justiça para cumprimento do ritos e depois seguirá ao plenário para avaliação dos distritais.

A data prevista para os deputados votarem a cassação em plenário é 24 de setembro. Serão necessários 13 dos 24 votos dos parlamentares para que o deputado seja cassado. Até lá, Raad Massouh segue trabalhando normalmente na Casa e não se diz injustiçado com a decisão dos colegas. “Não fui injustiçado porque tenho a certeza de que serei inocentado”, considerou. Ele é acusado de desviar R$ 100 mil de de emendas parlamentares de eventos em Sobradinho, onde tem base eleitoral.

Fonte: Diário do Poder

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