A
ministra Carmen Lúcia, colocará em julgamento todos os processos
trancados na pauta da Justiça Eleitoral, terão como alvo políticos que
estão com seu futuro em jogo, Joaquim Roriz (DF) e Roseana Sarney (MA) e
José de Anchieta (RR).
A ministra Carmen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral,
colocará em julgamento todos os processos trancados na vasta pauta da
Justiça Eleitoral, e que terão como alvo políticos que estão com seu
futuro em jogo, tal a magnitude das evidências de suas culpabilidades:
Joaquim Roriz (DF) e Roseana Sarney (MA) e José de Anchieta (RR).
Existem outros, muitos outros, mas julgar a trinca seria exemplar para
fixar a marca de uma presidente do TSE técnica e implacável com o
cumprimento da lei, ao contrário de seus antecessores, sensíveis ao
canto de sereia dos políticos.
Nos bastidores partidários do Distrito Federal já se dá como inexorável
a condenação se Roriz, tal a soma se provas acumuladas contra.
Percebendo essa tendência, o maior chefe político do DF, que acaba de
completar 77 anos, estaria tomando providências para a preservação de
seu grupo.
Primeiramente, sem partido, poderá vir a se filiar novamente ao PMDB,
que abandonou por se considerar traído por seu ex-pupilo Tadeu
Filippelli.
Esse movimento implicaria o apoio de Roriz à candidatura de Filipppelli
a governador, alternativa que tem sido amadurecida em seus contatos
recentes do ex-governador com o vice-presidente Michel Temer.
Implica também o rompimento da coligação PT/PMDB no Distrito Federal.
O acerto levaria à indicação da deputada distrital Liliane Roriz ,
filiada ao PSD, a vice-governadora, o presidente nacional, do partido
Gilberto Kassab, esteve há tempos na residência dos Roriz no Park Way.
Relembre-se que a reaproximação Roriz Filippelli é uma dinâmica
evolutiva que começou desde quando se encontraram e fizeram as pazes na
Catedral de Brasília, há meses.
A equação se reforça com mais dois fortes elos. O atual líder das
pesquisas de intenção de votos no DF para qualquer cargo eletivo, José
Roberto Arruda, mas que igualmente não deverá concorrer por problemas
com a Justiça – com a Operação Caixa de Pandora – se somaria ao bloco
Roriz-Filippelli.
Arruda deixou patenteado com interlocutores recentes que, se não for
impedido de concorrer, optará por uma mandato de deputado distrital, no
qual não só recomeçará sua atividade política mas elegeria com suas
sobras de votação uma bancada inteira para dar sustentação ao novo
governador na Câmara Legislativa.
O outro elo é o senador Gim Argello, que,por conta de sua irritação com
a presidente Dilma Rousseff – que não acatou uma indicação para a
presidiência da Conab – estaria se desligando da vice-liderança do
governo no Senado e iniciado um movimento em direção à oposição. Em
Brasília, oposição chama-se Roriz, Arruda. Cristovam, Rollemberg e
Abadia.
Gim, sem votos para concorrer ao Senado, seria bafejado com uma legenda
para deputado federal ou distrital ou ainda com apoio político maciço
no Congresso.
Diga-se, de passagem, que Roriz cultiva um plano B – a sua impunidade –
o que o levaria mais uma vez à candidatar-se ao Senado, com o terreno
deixado livre por Gim Argello, seu primeiro suplente que assumiu.
Voltemos ao ponto inicial e de quem dependerá toda essa engenharia da
ministra Carmen Lucia, do presidente do TSE, que ameaça varrer a pauta
do tribunal, o que não acontece há muito tempo, ao sabor de antecessores
do cargo benevolentes com o canto de sereia dos governadores, partidos e
de outros tipos de cantos.
Fonte: Leonardo Mota Neto / Carta Polis / Blog do Edson Sombra.
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