Por Celson Bianchi - A
história se repete. Muitas vezes os analistas de plantão não avaliam
todos os fatos, principalmente do passado recente, para diagnosticar o
que acontece no presente. Este é o caso do episódio que trouxe de volta
ao comando da secretaria de educação do distrito federal o pedetista
Marcelo Aguiar. Desejo antigo do Senador Cristovam Buarque, rechaçado
incialmente pelo Governador Agnelo Queiroz, que num primeiro momento
cedeu às pressões do PT para alojar pessoas ligadas ao sindicato ou a
estrutura partidária ligada com setores da educação local.
Do
mesmo modo que no passado, quando Cristovam negociou silenciosamente a
entrada de Marcelo Aguiar no governo Arruda, então para chefiar uma
estrutura paralela da educação, no programa da educação integral, menina
dos olhos do senador pedetista, agora os apelos eleitorais de 2014,
trouxeram de volta ao governo do PT mais um ex-auxiliar de Arruda e
eterno braço direito de Cristovam, agora contando com o respaldo de um
Reguffe turbinado pelas urnas de 2010, embora com pouca produtivdade
para o cidadão comum.
Cristovam,
por sua vez, dá o troco na ala do PT que preteriu sua indicação para a
educação e retoma um espaço que sempre ambicionou, embora os resultados
do seu trabalho quando chefiou a educação em nível nacional como
ministro de Lula, foram pra lá de decepcionantes, chegando a ser
demitido pelo telefone. Blindado pela imprensa que sequer registra sua
condenação em segunda instância pelo Tribunal de Justriça do Distrito
Federal, o que lhe colocou nos braços da Lei da Ficha Limpa, vai ter
muito trabalho para ajudar silenciosamente o "aliado" Aguiar.
Para
o público a coluna apurou que o jogo de cena do PDT ao lançar nota
afirmando que a decisão de Marcelo Aguiar foi de caráter pessoal e
isolada, um único bordão resume a história deste vale a pena ver de
novo, "o passado nos condena", pois ninguém em sã consciência deixaria a
Secretaria Executiva de um ministério federal, para se tornar
secretário em vôo solo e sem respaldo político, sob pena de ser abatido
ainda em terra. Marcelo Aguiar não é bobo e não chegou onde chegou por
acaso, afinal ser vice-ministro não é para qualquer um.
O
cenário está montado, como no projac. Um nota de descompromisso
partidário, a afirmação de que Reguffe e Cristovam passam longe da
nomeação, o afastamento simbólico de Marcelo Aguiar do PDT, mas com
portas abertas para retornar quando quiser e uma brecha para que se for
necessário a dupla da moralidade se diga sempre longe de Agnelo, mas se
as coisas melhorarem, e Marcelo Aguiar se sair bem, principalmente com
movimentos certos na direção da escola integral, servir de liga para uma
reaproximação triunfal, desde que Agnelo se recupere é lógico. Até lá,
nada como uma Secretaria para arrecadar nas vésperas de uma eleição,
afinal ninguém é de ferro. Trouxas somos nós.
Fonte: Blog do Odir Ribeiro
Por falar em Chritóvam, em que pé está sua condenação por improbidade?
ResponderExcluirhttp://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2011/09/tj-df-condena-senador-cristovam-buarque-por-improbidade.html