Está
em curso a montagem de um novo PMDB. Essa convicção foi assumida pelo
único deputado federal brasiliense do partido, o ex-secretário Luiz
Pitiman, após reunião com o vice-presidente da República, Michel Temer,
que também é o presidente nacional licenciado do PMDB. “Pela primeira
vez”, declara Pitiman, “o PMDB dá mostras de entender que não é feito só
de grandes lideranças regionais”. A conversa fez parte de uma ofensiva
de Temer para ouvir toda a bancada federal peemedebista sobre temas como
a aliança com o PT ou o apoio à reeleição de Dilma Rousseff.
Da aliança com o PT às chances de reeleição
Presidente da Fundação Ulysses Guimarães e aliado histórico de Temer,
o ex-ministro Eliseu Padilha tem recebido os deputados com uma espécie
de questionário. Os parlamentares respondem o que pensam sobre a aliança
com o PT, se estão dispostos a disputar reeleição, como estão em
aliança estadual e se têm candidato e chapa em seus estados para 2014.
Depois de respondido o questionário, os deputados são recebidos por
Temer.
Não apenas as lideranças regionais
Pitiman acredita que o quadro de crise levou à constatação de que se
precisa construir um partido unido e grande, contando para isso com a
opinião de todos. Sente essa disposição tanto por parte de Temer quanto
de Eliseu Padilha. “Emitem sinais claros de que têm a intenção de
acompanhar a maioria e não ouvir apenas as lideranças regionais”, revela
o deputado. Para ele, é uma preocupação que não se notava desde a
desaparição de Ulysses Guimarães.
Risco de explosão lá na frente
Para Pitiman, é preciso ultrapassar a ideia de um partido de ênfase
em lideranças nacionais “para que todos deem as mãos, até para, se for o
caso, ajudar a presidente a superar a crise atual. É um desafio novo.
“Se o maior partido da base se funda em posições extremamente
divergentes, correrá o risco de explodir mais à frente”, constata.
Fonte: Jornal de Brasília – Coluna do Alto da Torre – Eduardo Brito
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