Sistema
eleitoral em vigor levou à Câmara Legislativa distritais como Celina
Leão (PSD) que teve 7,7 mil votos, menos do que 12 adversários que
ficaram de fora
Maninha ficou na 21ª colocação, mas perdeu a vaga porque o PSol não alcançou o coeficiente eleitoral
Os
temas em debate na reforma política causam estranhamento à maioria dos
eleitores. Voto distrital, misto, em lista ou proporcional?
Financiamento público ou privado para as campanhas? Manutenção ou
extinção das coligações? Desde que as manifestações populares tomaram as
ruas das grandes cidades, o assunto entrou na agenda do país.
Independentemente do grau de conhecimento dos brasilienses a respeito
desse debate, uma coisa é certa: a discussão terá impacto direto no
cenário político do Distrito Federal. Deputados, senadores, autoridades
do Executivo e potenciais candidatos para as eleições de 2014 acompanham
com atenção propostas como a realização de um plebiscito, apresentada
pela presidente Dilma Rousseff.
O Correio fez um levantamento para mostrar como ficaria o cenário da capital caso cada uma das propostas entrasse em vigor. Sem o sistema proporcional, vários distritais correriam o risco de não ocupar hoje uma vaga na Câmara Legislativa. Eleita pelo PMN, Celina Leão, hoje no PSD, por exemplo, teve menos votos do que outros 12 candidatos não eleitos ou que faturaram apenas a suplência. O partido de Celina fez coligação com o PP para a disputa à Câmara Legislativa. Juntas, as legendas tiveram 88.205 votos, o que garantiu duas cadeiras para os integrantes da aliança.
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Dessa forma, Benedito Domingos (PP) e Celina, os mais bem votados da coligação, garantiram o mandato, apesar da votação inexpressiva em comparação a outros concorrentes que acabaram de fora. Benedito teve 9.479 votos e Celina, 7.771. O número é muito inferior ao total de eleitores de Paulo Roriz (à época no DEM, atualmente no PEN), que conseguiu 16.762 votos ou do Dr. Charles (PTB) escolhido por 14.329 eleitores. Os dois ficaram apenas com a suplência, enquanto Benedito e Celina, com votação menos expressiva, estão na Câmara Legislativa.
Fonte: Correio Braziliense - Helena Mader
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