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domingo, 7 de julho de 2013

João Dias Ferreira deixa a ativa da Polícia Militar

 O ex-militar foi julgado incapaz para o serviço por uma junta médica

Pivô da queda de Orlando Silva do Ministério do Esporte em outubro de 2011 e protagonista de uma invasão ao Palácio do Buriti em dezembro daquele ano, o policial militar João Dias Ferreira teve sua reforma (termo militar para a aposentadoria) oficializada esta semana. Ele foi julgado incapaz para o serviço militar por uma junta médica. A portaria, datada de 12 de junho, foi publicada na edição da última quinta-feira do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). Apesar de a Polícia Militar do DF (PMDF) não ter confirmado os motivos para reformar o cabo, uma fonte na corporação explicou que a principal justificativa foram problemas psicológicos que levavam João Dias a tirar várias licenças médicas seguidas nos últimos tempos.
 
A reforma foi confirmada a pouco menos de um mês de ele completar 20 anos na corporação. Segundo fontes na PM, nos últimos anos, os afastamentos por motivos médicos se tornaram mais comuns, até ultrapassarem o período mínimo necessário para a aposentadoria antecipada: um ano de licença. Desde que João Alves se envolveu em várias confusões, chegou a se cogitar a abertura de um processo por deserção, que não foi levado adiante devido ao quadro clínico do policial. O militar foi reformado com a patente de cabo (o valor bruto do salário é de cerca de R$ 5 mil) e continuará recebendo os vencimentos proporcionais ao tempo de serviço.

Confusões

João Dias é investigado por suspeita de participação no desvio de cerca de R$ 2 milhões do Projeto Segundo Tempo, ligado ao Ministério do Esporte. As denúncias que ele levou a público motivaram a queda do então ministro Orlando Silva. Pouco tempo depois, o policial militar se envolveu em um confronto com servidores públicos ao invadir o Palácio do Buriti levando uma mala com R$ 200 mil e a atirando no gabinete do então secretário de Governo, Paulo Tadeu, atualmente conselheiro do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF). João Dias alegava que tinha ido devolver o dinheiro que o então deputado federal licenciado teria lhe oferecido.

Arquivado

Até então na patente de soldado, o militar foi promovido a cabo em fevereiro do ano passado, o que elevou o salário base em cerca de R$ 200. Ele fez parte de um pacote de promoções de 2.850 homens. Na mesma época da promoção, João Dias recebeu a notícia do arquivamento, a pedido do Ministério Público, de um inquérito que apurava as supostas agressões do PM a funcionários do Palácio do Buriti. O MP entendeu que os ataques e as injúrias foram recíprocos durante a invasão.

Fonte: Correio Braziliense - Por Almiro Marcos

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