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segunda-feira, 22 de julho de 2013

Aumenta a campanha difamatória contra Joaquim Barbosa.

 Só falta ser comparado ao juiz Nicolau, digo, Lalau

É impressionante. Ele não é político nem se diz candidato, mas todos os presidenciáveis o temem. Enquanto a imagem dos políticos tradicionais vem descendo a ladeira, os protestos nas ruas tiveram o efeito colateral de aumentar a popularidade dele. E ninguém sabe o que fará o ministro Joaquim Barbosa. Se sairá candidato ou não.

Daqui para frente, porém, toda pesquisa eleitoral terá de incluir o nome dele, caso contrário os resultados vão parecer mais falsos do que uma nota de três dólares. Mesmo sem se lançar, já conta com a intenção de voto de significativa parcela do eleitorado. E o resultado do crescimento de seu prestígio já provoca fortes reações na internet, onde floresce uma sólida campanha contra Barbosa.

APARTAMENTO EM MIAMI

Como todos os presidenciáveis o temem, ninguém sabe de onde está surgindo essa onda de ataques à probidade do ministro Joaquim Barbosa. Aqui no Blog da Tribuna, por exemplo, é um verdadeiro festival. Todo dia são postados ácidos comentários denegrindo a honorabilidade dele. Os mais recentes dão conta de que Joaquim Barbosa comprou “um apartamento luxuoso em Miami”, segundo uma matéria da Folha.

Assinada por  Matheus Leitão e Rubens Valente, a reportagem dá conta de que Barbosa realmente comprou um apartamento em Miami, avaliado em R$ 1 milhão. O que causa estranheza é que essa matéria está sendo reproduzida na web como se fosse um grande escândalo. Tal repercussão  -mais do que exagerada –  mostra a que ponto chegamos, porque apartamento por R$ 1 milhão, em Miami, só pode ser um quarto e sala.

O fato é que a campanha contra Barbosa é implacável. O pente fino que estão passando em sua viva/carreira é de um rigor raramente visto na mídia brasileira. Está sendo pior do que a situação vivida por Leonel Brizola no início do regime militar, quando teve sua trajetória política e pessoal vasculhada de alto a baixo, sem que nada encontrassem de desabonador.

Detalhe importantíssimo: essa perseguição a Barbosa está tendo efeito contrário. Ao invés de desestimulá-lo a disputar a eleição, está motivando-o a concorrer. E não faltam partidos a assediá-lo. Mas ele tem tempo. A legislação permite que magistrado somente se desincompatilize e se filie a algum partido quatro meses antes da eleição. Ou seja, até o dia 4 de junho de 2014.

Até lá, Joaquim Barbosa pode continuar presidindo o Supremo e mostrando serviço, fora da disputa, enquanto os outros presidenciáveis se digladiam, abrindo caminho para sua atropelada por fora, como se diz na linguagem turfista.

Fonte: Carlos Newton/Tribuna da Imprensa/Blog Gama Livre

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