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terça-feira, 16 de julho de 2013

Agnelo e Filippelli: Que nem feijão com arroz


A cada dia que passa cresce a certeza de que Agnelo Queiroz e Tadeu Filippelli estão mais ligados do que nunca. Apesar das seguidas tentativas de se plantar no solo da política do DF a semente da cisão dos fiéis parceiros de palanque e de governo, a dupla Agnelo e Filippelli continua se completando igual a feijão com arroz, como bem diria Renato Russo. 

A fragilidade das eventuais candidaturas de Arruda e Roriz ao Buriti foram brilhantemente bem antecipadas pelas poucas cabeças pensantes que afiançaram o Novo Caminho e que vem sustentando herculeamente a aliança PT x PMDB no Distrito Federal. 

O sentimento de que a união das oposições se distancia, ganha reforço pelo entendimento de que tanto Arruda quanto Roriz não confiam o seu espólio político a ninguém menos do que a eles mesmos. No caso do ex-governador Joaquim Roriz, suas filhas poderiam representar a continuidade de seu legado, no entanto, apesar de já testadas nas urnas, às deputadas não demonstram possuir pegada política para assumir tal empreitada. Já ao ex-governador Arruda faltou-lhe tempo para preparar um sucessor com laços de sangue, entretanto, sobrou-lhe o tempo necessário para imaginar que não lhe restam nomes suficientemente confiáveis para receber sua herança. 

Enquanto Arruda e Roriz aguardam que a humildade lhes sorria, o Novo Caminho pavimentado por PT e PMDB, se dispõe a sinalizar, sempre que lhe convém, para o afastamento de Filippelli da coligação, no claro intuito de desmobilizar movimentos políticos convergentes do outro lado. Essa estratégia de alimentar o imaginário político com a tese de que o atual vice-governador é o único elemento capaz de unir as oposições no DF parece que tem funcionado, embora não passe de conversa para boi dormir. Filippelli está confortavelmente acomodado na vice-governadoria do GDF, governando e mandando mais nesses quase três anos, do que ao longo de toda sua trajetória de homem público, construída ao lado de Roriz e do próprio Arruda. 

Por outro lado, Agnelo Queiroz acusa no semblante o abatimento em razão das inúmeras dificuldades administrativas de seu governo.  O fato é que a imagem de líder disposto a enfrentar novamente as urnas em 2014 está comprometida. Segundo fontes palacianas, o governador já ensaia o discurso do cansaço e do grande sacrifício pessoal e familiar por estar à frente do GDF. 

Paralelamente a tudo isso, a constante exposição de Filippelli na mídia tem se prestado a elevar sua biografia, ao mesmo tempo em que, de maneira subliminar, tenta dissociá-lo de um governo pessimamente avaliado pela população, não obstante ao fato dele próprio ser corresponsável de tudo. 

Nesse contexto, é razoável afirmar que Filippelli é uma alternativa eleitoral da situação e não da oposição. 

Por fim, é visível que no campo político, Agnelo e Filippelli estão conseguindo de forma inteligente, refrear a antecipação do pleito eleitoral de 2014, na medida em que seus movimentos têm alcançado, até então, o objetivo de impedir o surgimento de um personagem que una e dê cara à oposição no Distrito Federal. 

Fonte: Guardian Notícias - Por João Zisman

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