Nas eleições de 2014, o distrital Rôney Nemer
(PMDB) já definiu seu futuro político: será candidato a deputado
federal. “Meu partido entende que chegou a hora de dar mais um passo”,
explica o parlamentar, em entrevista ao jornal Guardian Notícias.
Apesar
de a relação entre os deputados e Governo do Distrito Federal (GDF) ter
sido pautada por conflitos e retaliações, principalmente em relação ao
PPCUB e Luos, afirma que o tempo é de cumplicidade “As crises estão
superadas”, decreta o parlamenta, em relação aos projetos urbanísticos.
Sobre
uma possível quebra de aliança entre o governador e vice, o deputado é
categórico: “Filippelli é quem decidirá o caminho do partido”. Confira a
entrevista de Rôney ao Guardian.
GN - O senhor é candidato para qual cargo em 2014? Como o seu partido tem se articulado para 2014?
Rôney -
Estou no meu terceiro mandato de deputado distrital e meu partido
entende que chegou a hora de dar mais um passo. Por entendimento do PMDB
sou pré-candidato a deputado Federal. Estou colaborando na construção
da nominata do partido. Vamos trabalhar para que o PMDB amplie sua
representatividade na Câmara Legislativa. O partido tem tempo de
televisão, densidade eleitoral e um baixo quoeficiente eleitoral, o que o
torna atrativo para inúmeros possíveis candidatos. Estamos analisando
nomes, ouvindo a população e construindo um time que será pautado na
união e no trabalho.
Guardian Notícias - Seu
partido já se aliou ao governo de Roriz, do Arruda e agora de Agnelo.
Em sua análise, qual o melhor aliado do PMDB, em nível local?
Rôney Nemer -
A população do DF. Nosso trabalho estará sempre focado em construir um
futuro melhor para as famílias do Distrito Federal. Todas as ações do
PMDB têm este objetivo. Somos o maior partido do DF por termos a
confiança da população.
GN - Com a grande rejeição da população ao governo atual, o PMDB pensa em quebrar a aliança para 2014?
Rôney -
Quanto à visão da população em relação ao governo, acredito que tende a
melhorar muito. As ações implantadas no início da gestão começam a
trazer resultados. Este governo enfrentou muitos desafios e
dificuldades. A atuação firme no setor de transportes e a conclusão de
obras importantes são exemplos. As questões relacionadas ao
posicionamento do PMDB para as próximas eleições são trabalhadas pelo
nosso presidente. Filippelli é quem decidirá o caminho do partido.
Confio totalmente em sua liderança.
GN - Nos
dois primeiros anos da atual gestão, houve ruídos de comunicação entre a
CLDF e o GDF. O senhor acha que em 2013 esta relação pode melhorar?
Rôney -
Tem que melhorar. Ser da base de apoio ao governo não é apenas votar ou
indicar nomes. Os parlamentares devem participar das ações de governo.
Representamos a sociedade, que tem expectativas em relação a nossa
contribuição. Dias atrás estive no aniversário da Emater, onde eu e o
deputado Joe Vale temos inúmeros projetos em desenvolvimento. Estávamos
com o projeto de reestruturação da secretaria de agricultura em mãos e
eu já havia feito doze reuniões para que os concursados do órgão fossem
nomeados. Não tivemos nem a oportunidade de falar.
GN - A
gestão do deputado Agaciel Maia na CEOF foi muita elogiada pelos
distritais. Como é assumir a presidência desta comissão, depois de uma
boa atuação nos primeiros dois anos do titular anterior?
Rôney -
Agaciel é um grande parceiro. Fazemos parte do mesmo bloco. Acho
excelente sucedê-lo, pois sei que estou recebendo os trabalhos de mãos
competentes.
GN - Chegará à CEOF o orçamento do ano da Copa. Como o senhor espera que seja a tramitação do orçamento para 2014.
Rôney -
Acredito que será tranquilo, até porque o governo deve nortear o
projeto nos desejos de acordo com as necessidades da população. As
prioridades devem seguir as necessidades prementes do DF. Certamente,
por receber o maior evento do mundo em 2014, o orçamento será
instrumento importantíssimo para que as metas tornem-se realidade.
Acredito que nossa cidade não fará feio para o Brasil e para o mundo.
GN - O
Executivo tem agora a prerrogativa de remanejar até 25 % de seu
orçamento sem a interferência imediata do Legislativo. Seria uma
desvalorização da CEOF?
Rôney -
Não acho. O trabalho da CEOF vai muito além de aprovar o remanejamento
do orçamento. A condução da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e da
Lei do Orçamento Anual (LOA), além da fiscalização das contas do Estado
são prerrogativas da CEOF. Todas as comissões são importantes. O grande
diferencial é a maneira com que os trabalhos são desenvolvidos.
GN - A
análise do PPCUB e do Luos ainda passa por entrave entre o Legislativo e
o Executivo. O que falta para resolver esse imbróglio?
Rôney -
As crises estão superadas. O governo deve reencaminhar a proposta em
breve. Os projetos são fundamentais para a cidade. As discussões devem
acontecer de forma clara e objetiva. A Câmara é a casa do povo e é nela
que a população terá acesso às modificações e propostas.
GN - Como urbanista, o senhor acha que o tombamento de Brasília pode ser prejudicado com o novo PPCUB?
Rôney -
O projeto será amplamente discutido na Câmara. As entidades de classes,
lideranças, moradores, técnicos e setor produtivo serão ouvidos.
Acredito que o diálogo prevalecerá e as mudanças serão consenso.
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