A disputa ao Senado já começa a movimentar a política e as alianças
para as eleições de 2014, no Distrito Federal. Pelo menos quatro nomes
estariam na corrida para a única vaga em disputa no ano que vem: os
deputados federais Geraldo Magela (PT) e José Antônio Reguffe (PDT), o
senador Gim Argello (PTB), que termina seu mandato no final do ano que
vem, além do distrital Chico Leite (PT).
A disputa entre os quatro pode
causar mudança nas alianças para as próximas eleições, já que o PT não
tem um representante na Câmara Alta e poderia com isso perder força no
cenário nacional, não só para a legislatura seguinte, mas para 2018,
quando não terá na chapa a presidente Dilma Rousseff.
O distrital Chico Leite, único a se declarar pré-candidato, terá pela
frente três frentes de batalha: a primeira será dentro de seu próprio
partido, onde enfrentará o ex-secretário de Habitação Geraldo Magela,
nome forte do PT e que tem o apoio do governador Agnelo Queiroz — que
pediu que o mesmo retornasse à Câmara dos Deputados para reassumir seu
posto, após problemas com a suplência. O segundo trata das alianças
complexas em todos os níveis, com o fim do mandato do senador Gim
Argello, que tem bom trânsito no governo local e nacional. Na corrida,
ainda, pode surgir o nome de Reguffe, que não confirma pré-candidatura,
mas após ter sido o federal mais votado proporcionalmente poderá
cogitar se lançar a uma disputa maior.
Geraldo Magela tem o apoio de grande parte dos petistas que militam no
DF, além da atenção do governador, que o tinha no Executivo uma pasta
importante. A decisão de quem será o candidato virá da convenção do PT,
ainda sem data definida. Só então Leite e Magela saberão seus destinos.
“Sou pré-candidato ao Senado e vou à convenção para disputar a vaga. Não
se trata de uma campanha eleitoral, mas tenho um sonho e não vou fugir
da disputa”, anuncia o distrital.
Ética
Chico tem investido na bandeira ética e iniciou um movimento, nacional, contra o voto secreto em todos os órgãos legislativos.
Magela afirma que esse não é o momento para a discussão e está focado
na Secretaria de Habitação, mas não nega que possa ser candidato. “Esse
assunto deve ser tratado de forma cautelosa. Ainda não é o momento.
Motivo pelo qual eu não estou fazendo esse debate”.
Saiba mais
Chico Leite tem se reunido com representantes de outras legendas para garantir apoio a sua candidatura.
Segundo ele, os representantes tem se manifestado a favor de que o
escolhido seja o parlamentar com maior apoio da população, mas que
nenhum tem mostrado explicitamente a preferência por um dos nomes que se
propõe a uma pré-candidatura.
Caso derrotado na convenção do partido ele diz que ainda não sabe o que
fará. “Vou à convenção e me submeterei à militância do PT. Se eu vencer
darei meu melhor, mas caso ocorra o contrário não penso em mudar de
partido”, nega Chico.
Fonte: Jornal de Brasília - Por Suzano Almeida
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