Há
uma razão para o retorno do deputado federal Augusto Carvalho à Câmara,
chamando-se o titular Geraldo Magela, do PT, de volta à Secretaria de
Habitação.
É que o Buriti está muito bem informado do desconforto de
Augusto diante da postura adotada pelo seu PPS. Vale inclusive para as
inserções da propaganda eleitoral, habitualmente hostis ao Governo do
Distrito Federal. O deputado admite: “São programas críticos e ácidos
demais”.
Augusto confirma seu “absoluto desconforto” com a posição do PPS e
reconhece que está “incompatibilizado com a direção local”. Para tomar
uma posição definitiva, como trocar de legenda, pretende esperar
pronunciamento da Justiça Eleitoral sobre fusões de partido, como a que
se negociou entre o PPS e o PMN para formar a Mobilização Democrática.
Com a provável convivência dos filiados ao PMN, que incluem a deputada
Jaqueline Roriz e partidários seus, a situação não deve amenizar-se,
antes muito pelo contrário.
“Dificilmente o partido mudará sua posição atual”, avisa Augusto
Carvalho. A direção local estará certamente sintonizada com a direção
nacional. Isso significa adotar linha de confronto, tanto com o Planalto
com o Buriti, embora o PPS brasiliense tenha apoiado o atual governador
contra dona Weslian Roriz, mãe de Jaqueline.
Até o diálogo interno deteriorou-se. Embora seja o único integrante
do PPS do Distrito Federal a ocupar mandato eletivo – os distritais
Alírio Neto, Luzia de Paula e Cláudio Abrantes deixaram o partido –
Augusto sequer tem conversado com a nova direção brasiliense. “Não
procuro, nem sou procurado. Aliás, estou desinteressado dos
desdobramentos desse processo”, resume o deputado.
Fonte: Jornal de Brasília – Coluna do Alto da Torre – Eduardo Brito
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