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segunda-feira, 8 de abril de 2013

Reforma que se esgota no troca-troca 'José Antônio Reguffe'



Vale o que não está escrito 

Para Reguffe, a legislação atual já contempla a possibilidade de mudar de partido, quando se justifica politicamente. São casos como o de incompatibilidade doutrinária, de perseguição política ou de fundação de novos partidos. Uma abertura indiscriminada, ainda que por período certo, levaria a uma situação esdrúxula. “Ainda que um ou outro troque de partido por uma questão de consciência, muitos mudarão por outros motivos”, diz o deputado, numa referência indireta ao adesismo, à busca de vantagens ou a compensações de qualquer natureza.

Quem pode, pode

Deve prevalecer o interesse já manifestado pelos grandes partidos. Reguffe revela: “o que eles mais querem é a proibição de coligações nas eleições proporcionais”. Vale lembrar, isso dificultaria o acesso dos partidos menores ao Legislativo. À parte essa proposta, deve ser aprovada a mudança da data de posse de prefeitos, governadores e presidente da República, que hoje ocorrem no incômodo 1º de janeiro. E há a possibilidade também de se unificarem as eleições, que passariam a se fazer de quatro em quatro anos. 

Propostas nem são discutidas 

Reguffe apresentou sete propostas à comissão da reforma política. Abrangem temas como acabar com a reeleição para cargos majoritários e limitação de uma recondução em cargos legislativos; voto distrital; fim do voto obrigatório; abertura para revogação de mandatos de eleitos que não cumpram seus compromissos e campanha e financiamento público de campanha, com possibilidades idênticas para todos os partidos. Pede que sejam votados ou, ao menos, que sejam discutidos. Até agora, foram solenemente ignorados. Como a maioria dos projetos levados à comissão.

Fonte: Eduardo Brito/Do Alto da Torre/Jornal de Brasília

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