O processo que envolve o distrital já tem 4 (quatro) volumes e diversos
apensos, além da medida cautelar que conta com 7 (sete) volumes. Ao
todo já são onze volumes que incluem a investigação policial, a quebra
dos sigilos bancário e fiscal, busca e apreensão na residência e no
local de trabalho dos investigados, quebra do sigilo dos dados
telefônicos e a interceptação telefônica dos terminais dos envolvidos.
Provas coletadas apontam para a prática, em tese, dos crimes de
contratação ilegal por inobservância das normas relativas à
inexigibilidade de licitação, peculato e crime de lavagem de dinheiro.
Ao contrário do que se pensa, no Judiciário, o caso caminha, na Câmara
Legislativa alguns deputados denunciam que "há a tentativa de abafar o
caso, alguns estão sendo pressionados a convencerem os integrantes da
Comissão de Ética a entregarem a relatoria do caso ao deputado Olair
Francisco. Só não se sabe como fazer isso, uma vez que a escolha do
mesmo se dará por sorteio".
Outro parlamentar que não quer ser identificado revela que "o clima na
casa não é bom, os amigos de Raad Massouh estão aproveitando para livrar a cara
dele na comissão, contam com o fato de que a grande mídia não se empolga
para cobrir os trabalhos da Comissão de Ética.
Ouvi comentários de
pessoas do Executivo que advogados estão estudando uma forma de matar
todo o trabalho que foi feito pelo Patrício, o caso tem que morrer lá na
Comissão. Os escalados para a missão estão dentro da própria Comissão,
tire suas conclusões." Pode não parecer, mas o cheiro de pizza volta a
exalar de dentro da Câmara Legislativa.
Já no Judiciário, no último dia 25, o Diário da Justiça publicou
decisão de 1º de abril da desembargadora Sandra de Santis determinando
que a folha penal atualizada de Raad Massouh, conforme requereu o
Ministério Publico do DF, fosse juntada aos autos onde já é indiciado
desde 15 de setembro de 2011, determina também que a Corregedoria Geral
da PCDF instaure inquéritos policiais para apuração de eventuais fraudes
às licitações realizadas nos autos 0134-000814/2010 e 0134-0009552010
(apensos I e II), noticiadas no relatório da Seção de Análise Financeira
da DECAP, a desembargadora também determinou o desmembramento da
denúncia contra os onze denunciados, somente Raad seria julgado pelo
Conselho Especial, os demais seriam julgados nas varas criminais comuns.
O Ministério Publico já recorreu e aguarda o julgamento do recurso.
A desembargadora relata ter deferido nos autos da Medida Cautelar e da
Quebra de Sigilo, as quebras requeridas pelo Ministério Público e
determina que os processos que ensejaram as medidas de números:
2011.00.2.018461-6 e 2011.00.2.019757-2 sejam apensados ao processo
principal.
O caso que é investigado com empenho e transparência pela Policia
Civil, Ministério Público e Tribunal de Justiça do Distrito Federal
parece amedrontar alguns políticos da cidade.
Será que os deputados Dr. Michel, Patrício, Joe Valle, Agaciel Maia e
Olair Francisco integrantes da Comissão de Ética da Câmara Legislativa
se prestarão a esse desserviço e não irão investigar e julgar com
isenção a suposta quebra de decoro parlamentar do caso? Será?
Brasília saberá no próximo dia 2 de maio, vamos aguardar.
Fonte: Edson Sombra
Nenhum comentário:
Postar um comentário