Por maioria de três votos, o plenário do Tribunal de Contas do DF
(TCDF) decidiu na tarde desta terça-feira (30/10) sobrestar a análise
das contas do ex-governador José Roberto Arruda referentes ao exercício
de 2009. ...
Dois conselheiros, Anilcéia Machado e Manoel de Andrade, seguiram
parcialmente o voto do relator do caso, Inácio Magalhães, que votou pelo
sobrestamento da análise das contas até o julgamento no STJ da ação
penal 707, referente à Caixa de Pandora.
A diferença é que Anilcéia e Manoel acham que a suspensão deve
referir-se ao desfecho dos processos da Pandora que correm no próprio
Tribunal de Contas. Prevaleceu a opinião dos dois.
Renato Rainha votou pela rejeição das contas de 2009 e foi acompanhado
pelo recém-chegado Paulo Tadeu, ex-deputado federal pelo PT.
Na época em que era distrital, Tadeu foi o relator da CPI da Codeplan,
criada em função da Operação Caixa de Pandora e cujo relatório final
pedia o indiciamento de 22 pessoas, entre as quais Arruda.
O conselheiro Paiva Martins votou pela aprovação das contas de 2009.
Com um voto pela rejeição, outro pela aprovação e três pelo
sobrestamento, prevaleceu a vontade da maioria e o tema das contas de
2009 volta ao plenário só depois que os processos da Pandora no TCDF -
segundo a assessoria de imprensa do Tribunal são 55 ao todo - estiveram
julgados.
No caso das contas de 2010, que começaram a ser julgadas em 11 de
outubro, houve um pedido de vista do conselheiro Paulo Tadeu.
O fato ocorreu depois que o advogado de Arruda, ex-desembargador Edson
Smaniotto, pediu à presidente do TCDF, Marli Vinhadeli, 5 minutos para
fazer nova sustentação oral, voltada a Paulo Tadeu, uma vez que ele
entrou para a Corte com o processo em andamento e não participou das
primeiras sessões sobre o caso.
Marli Vinhadeli cedeu a palavra a Smaniotto, mas Paulo Tadeu preferiu
ter acesso a todo o processo. Em algumas semanas, ele devolverá o caso
para o plenário, quando dará sua opinião sobre as contas de Arruda e de
Paulo Octávio não mais como deputado de oposição, mas falando como
conselheiro.
Fonte: Blog da Lilian Tahan / Correio Braziliense
Nenhum comentário:
Postar um comentário