A quebra do sigilo bancário do governador Agnelo Queiroz
(PT) na CPI do Cachoeira indicou três depósitos de cheques no valor de
R$ 2,5 mil na conta do policial militar João Dias, que responde na
Justiça por supostos desvios de recursos do programa Segundo Tempo.
Os depósitos foram realizados nos dias primeiro de fevereiro, quatro de março e 31 de março de 2008, quando Agnelo era diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A primeira operação bancária com João Dias ocorreu uma semana depois que Agnelo recebeu em sua conta uma transferência bancária no valor de R$ 5 mil do lobista Daniel Almeida Tavares, que trabalhou numa empresa de medicamentos. Daniel e João Dias foram militantes do PCdoB e já foram amigos.
A transferência bancária de Daniel para Agnelo ocorreu no dia 25 de janeiro de 2008, segundo indicam os extratos do governador, repassados pelo BRB à CPI do Cachoeira.
Agnelo alega que o dinheiro recebido de Daniel corresponde à devolução de um empréstimo que o governador fez ao lobista. Sobre os depósitos para João Dias, o porta-voz do governo, Ugo Braga, afirma que se trata de um negócio desfeito, a compra de um carro usado, um veículo Honda Civic modelo 2006/2007, que seria pago em 10 vezes. (Leia nota).
Promovido recentemente de soldado a cabo, Dias é aquele policial que invadiu o Palácio do Buriti em dezembro do ano passado e jogou R$ 200 mil no gabinete do então secretário de Governo, Paulo Tadeu, alegando a devolução do dinheiro. O caso nunca foi solucionado.
O deputado federal Paulo Tadeu (PT/DF) processou Dias por danos morais e este foi condenado à revelia, sem nunca se pronunciar no processo. Terá de pagar R$ 40 mil ao petista.
Em 2010, João Dias chegou a ser preso durante a Operacão Shaolin, da Polícia Civil do DF, sob suspeita de participar de irregularidades e desvios no Programa Segundo Tempo na época em que Agnelo foi ministro do Esporte, até 2006.
Agnelo se dispôs a abrir os sigilos bancário, telefônico, fiscal, telemáticos e de torpedos quando esteve na CPI do Cachoeira em junho, para responder questionamentos dos parlamentares sobre suposta relação de integrantes do governo do DF com a quadrilha do contraventor e com favorecimento à Delta Construções. Por decisão da CPI, a quebra dos sigilos abrange os últimos 10 anos.
Leia a nota do porta-voz, Ugo Braga:
"As operações financeiras com o senhor João Dias Ferreira constantes dos dados bancários do governador Agnelo Queiroz dizem respeito à compra de um veículo usado – Honda Civic, modelo 2006/2007. A transação foi feita em fevereiro de 2008, mediante a entrega de 10 cheques nominais pré-datados, mas acabou desfeita pouco mais de dois meses depois, com a devolução do carro e a restituição dos cheques.
A operação é absolutamente legal e o governador Agnelo Queiroz tanto não tem motivo para escondê-la que prontamente ofereceu seu sigilo bancário, assim como o telefônico e o fiscal, à CPMI do Congresso no dia de seu depoimento, em 13 de junho passado" .
Fonte: Ana Maria Campos - Correio Braziliense
Os depósitos foram realizados nos dias primeiro de fevereiro, quatro de março e 31 de março de 2008, quando Agnelo era diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A primeira operação bancária com João Dias ocorreu uma semana depois que Agnelo recebeu em sua conta uma transferência bancária no valor de R$ 5 mil do lobista Daniel Almeida Tavares, que trabalhou numa empresa de medicamentos. Daniel e João Dias foram militantes do PCdoB e já foram amigos.
A transferência bancária de Daniel para Agnelo ocorreu no dia 25 de janeiro de 2008, segundo indicam os extratos do governador, repassados pelo BRB à CPI do Cachoeira.
Agnelo alega que o dinheiro recebido de Daniel corresponde à devolução de um empréstimo que o governador fez ao lobista. Sobre os depósitos para João Dias, o porta-voz do governo, Ugo Braga, afirma que se trata de um negócio desfeito, a compra de um carro usado, um veículo Honda Civic modelo 2006/2007, que seria pago em 10 vezes. (Leia nota).
Promovido recentemente de soldado a cabo, Dias é aquele policial que invadiu o Palácio do Buriti em dezembro do ano passado e jogou R$ 200 mil no gabinete do então secretário de Governo, Paulo Tadeu, alegando a devolução do dinheiro. O caso nunca foi solucionado.
O deputado federal Paulo Tadeu (PT/DF) processou Dias por danos morais e este foi condenado à revelia, sem nunca se pronunciar no processo. Terá de pagar R$ 40 mil ao petista.
Em 2010, João Dias chegou a ser preso durante a Operacão Shaolin, da Polícia Civil do DF, sob suspeita de participar de irregularidades e desvios no Programa Segundo Tempo na época em que Agnelo foi ministro do Esporte, até 2006.
Agnelo se dispôs a abrir os sigilos bancário, telefônico, fiscal, telemáticos e de torpedos quando esteve na CPI do Cachoeira em junho, para responder questionamentos dos parlamentares sobre suposta relação de integrantes do governo do DF com a quadrilha do contraventor e com favorecimento à Delta Construções. Por decisão da CPI, a quebra dos sigilos abrange os últimos 10 anos.
Leia a nota do porta-voz, Ugo Braga:
"As operações financeiras com o senhor João Dias Ferreira constantes dos dados bancários do governador Agnelo Queiroz dizem respeito à compra de um veículo usado – Honda Civic, modelo 2006/2007. A transação foi feita em fevereiro de 2008, mediante a entrega de 10 cheques nominais pré-datados, mas acabou desfeita pouco mais de dois meses depois, com a devolução do carro e a restituição dos cheques.
A operação é absolutamente legal e o governador Agnelo Queiroz tanto não tem motivo para escondê-la que prontamente ofereceu seu sigilo bancário, assim como o telefônico e o fiscal, à CPMI do Congresso no dia de seu depoimento, em 13 de junho passado" .
Fonte: Ana Maria Campos - Correio Braziliense
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