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sábado, 7 de julho de 2012

Por unanimidade o Conselho Federal da Ordem dos Advogados impõe derrota a Francisco Caputo

“Nesse episódio, só poderia existir ou um ladrão ou um mentiroso. Não poderia ter os dois. Eu fui inocentado, não sou ladrão”, desabafou Everardo Gueiros.

Francisco Caputo e Eugenio Raúl Zaffaroni / Foto – Rebecca Ribeiro Assessoria de Comunicação – OAB/DF

O Conselho Federal da OAB julgou procedentes, na última terça-feira (3/07), o mérito dos recursos impetrados pelo presidente da Caixa de Assistência dos Advogados do Distrito Federal (CAA-DF), Everardo Gueiros, contra a OAB-DF, mantendo-o no cargo e extinguindo a comissão de sindicância criada pela entidade para investigá-lo. A votação foi por unanimidade.

O problema começou em 2011, com uma acusação, por parte do atual presidente da OAB-DF, Kiko Caputo, por um suposto desvio de recursos financeiros na compra de conduítes (mangueiras de plástico para passar fios) para a obra do prédio da CAA-DF. Politicamente, a relação entre Everardo Gueiros e o presidente da OAB-DF já vinha tendo problemas sérios, pois Kiko Caputo quis fechar as clínicas médica e odontológica da CAA-DF, além de descumprir uma promessa de campanha, que para Everardo Gueiros era intocável: aumentou em 40% a mensalidade da Ordem, colocando a entidade de Brasília com valores 80% acima do resto do país.

A partir daí, a briga se tornou pessoal, mas com uso da máquina administrativa contra Everardo Gueiros. Kiko Caputo acusava o presidente da CAA-DF de violação de informações. Na verdade, o que aconteceu foi que, ao tentar fazer um backup dos processos da CAA-DF, por temer que algo fosse apagado e ele não pudesse se defender, o funcionário responsável pela informática não quis fornecer a senha correta e Everardo Gueiros foi obrigado a contratar uma empresa para quebrar o código e conseguir o backup. 

Ao ser demitido, o funcionário gritou, para todo departamento ouvir, que não podia ser dispensado, pois tinha “garantias” na OAB-DF.

Com base em perícias técnica e contábil, o Conselho Federal, por unanimidade, concluiu que não houve qualquer desvio de verba na obra contratada, nem violação de sigilo de dados. Além de julgarem que não houve malversação dos recursos financeiros, o voto do conselheiro de Santa Catarina, Paulo Brincas, asseverou o grave desvio de finalidade que a OAB-DF praticou na comissão de sindicância.

O recado foi claro: a OAB-DF não deve servir para a perseguição de desafetos. Kiko Caputo foi o primeiro presidente de seccional a ser vencido por unanimidade no Conselho Federal. “Nesse episódio, só poderia existir ou um ladrão ou um mentiroso. Não poderia ter os dois. Eu fui inocentado, não sou ladrão”, desabafou Everardo Gueiros.

Fonte: Redação com informações Estação da Notícia/ Portal Edson Sombra
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