“Nesse episódio, só poderia existir
ou um ladrão ou um mentiroso. Não poderia ter os dois. Eu fui
inocentado, não sou ladrão”, desabafou Everardo Gueiros.
Francisco Caputo e Eugenio Raúl Zaffaroni / Foto – Rebecca Ribeiro Assessoria de Comunicação – OAB/DF |
O Conselho Federal da OAB julgou
procedentes, na última terça-feira (3/07), o mérito dos recursos
impetrados pelo presidente da Caixa de Assistência dos Advogados do
Distrito Federal (CAA-DF), Everardo Gueiros, contra a OAB-DF, mantendo-o
no cargo e extinguindo a comissão de sindicância criada pela entidade
para investigá-lo. A votação foi por unanimidade.
O problema começou em 2011, com uma acusação, por parte do atual
presidente da OAB-DF, Kiko Caputo, por um suposto desvio de recursos
financeiros na compra de conduítes (mangueiras de plástico para passar
fios) para a obra do prédio da CAA-DF. Politicamente, a relação entre
Everardo Gueiros e o presidente da OAB-DF já vinha tendo problemas
sérios, pois Kiko Caputo quis fechar as clínicas médica e odontológica
da CAA-DF, além de descumprir uma promessa de campanha, que para
Everardo Gueiros era intocável: aumentou em 40% a mensalidade da Ordem,
colocando a entidade de Brasília com valores 80% acima do resto do país.
A partir daí, a briga se tornou pessoal, mas com uso da máquina
administrativa contra Everardo Gueiros. Kiko Caputo acusava o presidente
da CAA-DF de violação de informações. Na verdade, o que aconteceu foi
que, ao tentar fazer um backup dos processos da CAA-DF, por temer que
algo fosse apagado e ele não pudesse se defender, o funcionário
responsável pela informática não quis fornecer a senha correta e
Everardo Gueiros foi obrigado a contratar uma empresa para quebrar o
código e conseguir o backup.
Ao ser demitido, o funcionário gritou, para
todo departamento ouvir, que não podia ser dispensado, pois tinha
“garantias” na OAB-DF.
Com base em perícias técnica e contábil, o Conselho Federal, por
unanimidade, concluiu que não houve qualquer desvio de verba na obra
contratada, nem violação de sigilo de dados. Além de julgarem que não
houve malversação dos recursos financeiros, o voto do conselheiro de
Santa Catarina, Paulo Brincas, asseverou o grave desvio de finalidade
que a OAB-DF praticou na comissão de sindicância.
O recado foi claro: a
OAB-DF não deve servir para a perseguição de desafetos. Kiko Caputo foi o
primeiro presidente de seccional a ser vencido por unanimidade no
Conselho Federal. “Nesse episódio, só poderia existir ou um ladrão ou um
mentiroso. Não poderia ter os dois. Eu fui inocentado, não sou ladrão”,
desabafou Everardo Gueiros.
Fonte: Redação com informações Estação da Notícia/ Portal Edson Sombra
Blog Do Cáfezinho
Nenhum comentário:
Postar um comentário