Vice-presidente do PSD federal, a senadora Kátia Abreu (TO) inaugurou a primeira dissidência do partido seminovo. Uma “dissidência crítica e vigilante” contra o prefeito paulistano Gilberto Kassab, presidente da legenda.
Deve-se o gesto à irritação de Kátia com o fato de Kassab ter
empurrado o PSD de Belo Horizonte para dentro da coligação de Patrus
Ananias, candidato do PT à prefeitura da capital mineira.
A decisão foi “arbitrária e clandestina”, anotou Kátia numa carta
enviada a Kassab. O PSD mineiro havia aprovado em convenção o apoio ao
prefeito Márcio Lacerda (PSB), que está coligado também com o PSDB de
Aécio Neves.
“Considero que houve mais que abuso de poder, um grave e insolente
dano ao espírito do nosso partido, nascido sob a inspiração da ruptura
com os rótulos ideológicos anacrônicos”escreveu Kátia a Kassab.
Acha que Kassab negligenciou sobretudo “o compromisso de ser uma
legenda democrática, sem donos ou comandos arbitrários, mas com
lideranças conscientes e bases esclarecidas.”
Além de Kátia, abespinhou-se com Kassab o segundo vice-presidente da
legenda, Roberto Brant. Ele não quis nem engordar a dissidência
solitária da correligionária. Reunciou ao posto e anunciou que pedirá
sua desfiliação da legenda.
É a primeira crise interna que se abate sobre o PSD. Uma encrenca
nascida do desejo de Kassab de prestar um serviço ao PT de Lula e Dilma
Rousseff em Belo Horizonte.
Fonte: Blog do Josias - UOL
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