Ironia? Há quem defenda ser esta a melhor marca |
Malandro, malfeitor. Cínico, canalha. Sarcástico, safado. Em síntese,
Sua Excelência o rato, que se apropria de bens alheios (como o queijo
comprado fruto de muito trabalho) e que o povo, vendo como um predador,
caça para matar. Essa a imagem que circula na internet, como proposta
alternativa para identificar a cara de outras excelências – os deputados
distritais.
Na avaliação de profissionais de Marketing, não precisa ser especialista em designer gráfico para atestar que o rato-ladrão vai ganhar a milionária enquete patrocinada pela Câmara Legislativa, para que o cidadão vote na melhor marca. Mas há quem lamente que o rato não esteja concorrendo. Seria pule de 10.
Na avaliação de profissionais de Marketing, não precisa ser especialista em designer gráfico para atestar que o rato-ladrão vai ganhar a milionária enquete patrocinada pela Câmara Legislativa, para que o cidadão vote na melhor marca. Mas há quem lamente que o rato não esteja concorrendo. Seria pule de 10.
A idéia de defender um rato comendo queijo como logomarca para
representar os deputados distritais, surgiu de um grupo de servidores da
Câmara Legislativa. Sustenta-se que foi descoberto o pulo do gato em toda essa história. E como os felinos estão diretamente associados a ratazanas, que fiquem os dois na mesma armadilha.
A criação de uma nova logomarca para a Câmara Legislativa foi
definida em meados do ano passado, quando o diretor-geral da Casa pediu
que o setor de Editoração desenvolvesse uma idéia pré-concebida. Os
profissionais a quem foi atribuída a missão – todos eles com curso
superior, mestres em criação gráfica que fazem jus aos seus altos
salários – se debruçaram sobre as mesas de trabalho e apresentaram suas
idéias.
Mas…
Para desagradável surpresa dos profissionais, todos eles servidores concursados, a comunicadora Karolina com K – aquela do um prá eu, um prá tu, um prá eu,
eternizada na voz de Luiz Gonzaga – descartou o uso da marca. O
argumento era o de que o trabalho deveria ser feito por profissionais
mais competentes. E a missão, então gratuita, foi transferida às
agências de publicidade que atendem ao Legislativo brasiliense, que,
óbvio, cobraram elevadas quantias pela obra de arte.
A partir da decisão de Karolina com K, começaram a circular
rumores, levantando suspeitas sobre os valores pagos para a nova cara
dos distritais. A insatisfação cresceu ainda mais quando a comunicadora
decidiu unilateralmente colocar no ar uma campanha publicitária estimada
em cinco milhões de reais, para que o cidadão comum escolhesse a cara
dos seus representantes.
Pressionada em todas as frentes, Karolina com K aceitou
apenas incluir o trabalho desenvolvido (de graça) pelo setor de
Editoração, entre as duas logomarcas pagas a peso de ouro às agências de
publicidade. Na Comunicação da Câmara Legislativa, comandada pela moça
que fica sempre com dois, contra um dos outros, não se tem notícia da
aferição da campanha. Nem quantos votos tem recebido cada logomarca.
Karolina com K, como toda mulher vaidosa, preferiu dar seus
retoques pessoais ao projeto. É como se partisse dela a imposição acerca
do batom e esmalte a serem usados por deputadas e funcionárias. Sem
compromissos ideológicos (é das que servem a dois senhores, como a Deus e
ao Diabo) ela decidiu comunicar como fosse a dona da verdade.
Desmoralizou a prata da casa e os reflexos dessa atitude começam a
surgir. Já não há motivação para se trabalhar na divulgação da Câmara.
Salvo os casos em que se ganha algo mais.
Fonte: Notibras por José Seabra
Publicado por Donny Silva
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