O encrencado Agnelo Queiroz sentará na cadeira elétrica da CPI mista do Cachoeira na quarta-feira com um rolo a mais para explicar.
O empresário do ramo imobiliário, Alvaro Albuquerque, diz que o
governo do petista fraudou o leilão milionário de um terreno na região
central de Brasília para favorecer um velho amigo de Agnelo: Jamil Elias
Suaiden, dono da FJ Produções.
No leilão da área de 5 000 metros quadrados, realizado em maio de
2011 pela Terracap (órgão que administra as áreas públicas no DF), Jamil
perdeu a disputa para Albuquerque, da Imobiliária Ytapoã, que ofereceu
22,7 milhões de reais pelo terreno.
Na hora de consumar a transação, o negócio foi engavetado pela gestão
petista. Em uma das tantas reuniões para tentar liberar o terreno,
Albuquerque diz que Marcos Vinicius Souza, representante do governo
petista, abriu o jogo:
- O negócio não vai sair porque o chefe não deixa.
Diante da manobra, Albuquerque foi à Justiça e conseguiu embargar o
terreno. Na semana passada, mesmo com a proibição judicial, o terreno
foi novamente licitado. Adivinhe quem ganhou desta vez? O notório Jamil.
Os negócios imobiliários entre Agnelo e Jamil, aliás, vêm de outros
carnavais: em 2007, Agnelo comprou uma casa da irmã de Jamil em
condições para lá de camaradas.
Numa área de Brasília em que as construções passam dos 5 milhões de reais, pagou 400 000 reais na propriedade de 2 920 metros quadrados onde hoje fica sua bela mansão.
Numa área de Brasília em que as construções passam dos 5 milhões de reais, pagou 400 000 reais na propriedade de 2 920 metros quadrados onde hoje fica sua bela mansão.
Por Lauro Jardim
Fonte: VEJA.com
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