Em entrevista ao portal iG, senador gaúcho se diz “absolutamente chocado” com as gravações que revelam o envolvimento de Demóstenes Torres (DEM-GO) com o bicheiro Carlinhos Cachoeira; “eu confiava nesse rapaz”
247 – Na opinião do senador Pedro Simon (PMDB-RS), a atitude mais inteligente que poderia ser tomada por Demóstenes Torres (DEM-GO) seria a renúncia de seu mandato no Senado. Para o parlamentar gaúcho – que já chegou a defender Demóstenes quando surgiram as primeiras acusações que o envolviam com o contraventor Carlinhos Cachoeira – sua permanência irá submeter o Parlamento a um enorme constrangimento. Simon concedeu entrevista à coluna Poder Online, do portal iG, publicada neste domingo.
Por ter mentido aos pares quando fez sua primeira defesa na Casa sobre as acusações – em 6 de março, quando afirmou não ter negócios com Cachoeira –, Demóstenes está agora sujeito à cassação de seu mandato por quebra de decoro. Simon acredita, portanto, que o melhor que o senador do DEM tem a fazer é poupar o Senado desse desgaste e poupar a si mesmo desse vexame. “Porque se não renunciar será cassado”.
Simon diz ter ficado “absolutamente chocado” quando ouviu as gravações da Polícia Federal que revelaram conversas entre o senador goiano e o bicheiro. “Eu confiava nesse rapaz”, disse. O peemedebista diz ser evidente que a Casa já possui elementos para cassar o mandato de Demóstenes. “Mentiu para todos nós da tribuna do Senado”. Se não renunciar “já na segunda-feira”, Simon diz que Demóstenes passará ainda por outro vexame: o de ser expulso de seu partido (que chama de PFL). No fim da semana, o DEM deu até terça-feira como prazo final para Demóstenes se explicar.
Pedro Simon garante, na entrevista, que antes do episódio seria capaz de colocar Demóstenes numa lista de três ou quatro parlamentares honestos do Congresso. “Ele parecia o sujeito mais duro do mundo”. O senador do PMDB elogiou o fato de o Democrata sempre estar nas CPI´s e o dedo em riste que já colocou contra Jader Barbalho e Renan Calheiros, mas afirma que “o rapaz tinha duas caras” e que acha que “é um caso patológico”.
Leia aqui a íntegra da entrevista publicada no Poder Online, do iG.
Fonte: Brasília 247 - 01 de Abril de 2012 às 13:07
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