Oito distirtais na Câmara Legislativa do Distrito Federal não prestaram contas; Olair Francisco é o deputado que mais gastou, com R$ 21.481,93; a mais econômica foi Arlete Sampaio, que na sua volta a Casa utilizou apenas R$ 315; mudanças na comprovação dos gastos foram anunciadas na terça-feira (26)
Andressa Anholete _Brasília 247 – No primeiro mês depois do aumento de 77% na verba indenizatória, quando o valor pulou de R$ 11.250 para R$ 20.042,35 mensais, oito deputados distritais não apresentaram os comprovantes, cinco gastaram acima do teto antigo, e, um ultrapassou o máximo permitido. Ao todo, a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) gastou R$ 166.640,63 com as verbas indenizatórias de 17 parlamentares. Confira todos os valores no quadro ao final da matéria.
Olair Francisco (PTdoB) lidera a lista dos “mão abertas”. O distrital precisou de R$ 21.281,93 no mês de fevereiro. O valor, apesar de superar o máximo mensal, é legal, pois a verba indenizatória é cumulativa trimestralmente, ou seja, os distritais podem gastar R$ 60 mil a cada três meses.
Segundo a assessora de imprensa de Olair Francisco, as despesas foram com o aluguel e conta telefônica do se escritório político na Ceilândia, com a produção de boletins informativos prestando conta a comunidade, com tiragem de 30 mil e entregues semanalmente em visitas semanais as cidades-satélites, e na contratação de uma consultoria advocatícia. A assessoria destaca não tem ter locação de veículos ou gastos com gasolina.
Na outra ponta está a deputada Arlete Sampaio (PT), que voltou a CLDF em 2012. Seus gastos foram de apenas R$ 315, valor que não deve ser repetido quando o gabinete estiver completamente estruturado. Mesmo assim, Arlete não pretende ir além dos R$ 11.250. “Não vou ultrapassar o teto antigo”, explica a distrital.
Mudanças
Nesta segunda-feira (26) a Mesa Diretora aprovou mudanças na prestação de contas para as verbas indenizatórias. De acordo com o texto, os comprovantes das despesas serão divulgados no site da Câmara Legislativa em até seis dias após o ressarcimento dos gastos. Além disso, as despesas com locação de imóveis, veículos e equipamentos, a aquisição de combustível e de material de expediente, entre outros, e a contratação de consultoria não poderão ultrapassar 40% do valor mensal da verba. Já os gastos com a divulgação da atividade parlamentar, desde que não caracterize promoção pessoal, serão de até 60% da verba.
Entre os oito deputados que não entregaram os comprovantes estão Claudio Abrantes (PPS) e Israel Batista (PDT). Ambos distritais também não apresentaram os recibos no mês de janeiro. A assessoria do distrital Israel Batista afirmou que no primeiro mês do ano não houve gastos, já em fevereiro, a assessoria afirma ter apresentado os comprovantes, no valor de R$ 3.615, dentro dos prazos da casa.
Fonte: Brasília 247 - 27 de Março de 2012 às 18:36
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