Em janeiro deste ano uma empresa de consultoria foi contratada para elaborar um plano de ações. O objetivo era tirar o Governo do Distrito Federal das manchetes policiais e criar uma agenda positiva que permitisse ao governador Agnelo Queiroz ganhar fôlego. Os consultores são os mesmos que cuidam da imagem da presidente Dilma Rousseff.
O estudo foi feito e entregue pouco tempo depois, até porque não é difícil saber onde o governo está errando. E fazer a coisa certa é muito fácil, basta querer. Não precisa inventar, senão corre o risco de se atrapalhar. O bê-a-bá da política está mais do que escrito.
O problema é que no plano de ações também estavam embutidas algumas maldades, mesmo que para isso alguns aliados tenham que pagar o sacrifício em nome de um projeto maior: a manutenção do Buriti. Não se sabe se todas as recomendações estão sendo seguidas ou se elas serão adotadas ao pé da letra.
Entre os pontos do estudo está a criação da figura do porta-voz, aceita de pronto pelo governador Agnelo Queiroz. Para o cargo foi escolhido o jornalista Ugo Braga com forte ligação com o jornal Correio Braziliense e, mais recente, com a assessoria do senador Gim Argello (PTB).
A consultoria colocou como justificativa a dificuldade que Agnelo tem para falar em público, principalmente em assuntos mais espinhosos. Era preciso dar uma voz ao governo, ao mesmo tempo criar um canal de comunicação com o restante da imprensa.
Um outro ponto sugerido foi a recriação da Casa Civil, que receberá boa parte dos poderes concentrados com o secretário de Governo, Paulo Tadeu. O petista Swedenberger Barbosa, o Berger, foi anunciado oficialmente para o cargo, mas ainda não assumiu.
Segundo fontes do Buriti, um dos impasses seria a formação da equipe da Casa Civil. Alguns nomes estariam sendo contestados. Berger quer autonomia para montar o seu staff e Agnelo teria algumas sugestões.
Aliás, Berger entrou em contato com o articulista pedindo que se corrija uma informação no artigo da semana passada: “Berger, a Dilma de Agnelo”. Ele explicou que não conversou diretamente com a presidente Dilma e com o ex-presidente Lula sobre a sua vinda para a Casa Civil do GDF. As conversas foram tratadas com o secretário-chefe da Presidência da República, Gilberto Carvalho.
Voltando à consultoria, o ponto mais polêmico do estudo é o que trata de uma pesquisa a qual revela que a população “gosta” de denúncias e críticas que atinjam a Câmara Legislativa. Foi nesse momento que o Legislativo local caiu em desgraça. A imprensa não tem dificuldade de noticiar erros da Câmara. Os próprios distritais se encarregam de produzir uma pauta negativa. Eles ficam irritados quando são descobertos.
A Câmara Legislativa não está sofrendo uma perseguição dos jornalistas e nem adianta declarar a imprensa como inimiga número um dos deputados. Às vezes o inimigo (ou fogo amigo) é outro. Não é toda a imprensa que embarcou no massacre ao Legislativo. E, ainda, porque se trata, infelizmente, do jogo político e rasteiro de parte dos homens públicos de nossa cidade.
O presidente da Casa, deputado Patrício (PT), tem todo o direito de sair em defesa da Casa que comanda. Até porque ele vem acumulando desgaste com todo o tiroteio que a Câmara Legislativa vem sofrendo. O que não pode é errar o foco e ver inimigo onde ele não existe. Também é preciso controlar as emoções, mesmo que às vezes tenha vontade de ligar o botão.
Patrício e Paulo Tadeu são unha e carne na política. De forma diferente, ambos estão vivendo um inferno astral. A perda de prestígio da dupla é comemorada nos dois lados do Buriti: pelos assessores que acompanham o governador desde os tempos da Anvisa e do Ministério do Esporte; e por integrantes da Articulação – tendência majoritária do PT –, que ocupam cargos no GDF. Sinceramente: a estratégia, se foi mesmo adotada, é desastrosa. Um tiro no pé.
O estudo foi feito e entregue pouco tempo depois, até porque não é difícil saber onde o governo está errando. E fazer a coisa certa é muito fácil, basta querer. Não precisa inventar, senão corre o risco de se atrapalhar. O bê-a-bá da política está mais do que escrito.
O problema é que no plano de ações também estavam embutidas algumas maldades, mesmo que para isso alguns aliados tenham que pagar o sacrifício em nome de um projeto maior: a manutenção do Buriti. Não se sabe se todas as recomendações estão sendo seguidas ou se elas serão adotadas ao pé da letra.
Entre os pontos do estudo está a criação da figura do porta-voz, aceita de pronto pelo governador Agnelo Queiroz. Para o cargo foi escolhido o jornalista Ugo Braga com forte ligação com o jornal Correio Braziliense e, mais recente, com a assessoria do senador Gim Argello (PTB).
A consultoria colocou como justificativa a dificuldade que Agnelo tem para falar em público, principalmente em assuntos mais espinhosos. Era preciso dar uma voz ao governo, ao mesmo tempo criar um canal de comunicação com o restante da imprensa.
Um outro ponto sugerido foi a recriação da Casa Civil, que receberá boa parte dos poderes concentrados com o secretário de Governo, Paulo Tadeu. O petista Swedenberger Barbosa, o Berger, foi anunciado oficialmente para o cargo, mas ainda não assumiu.
Segundo fontes do Buriti, um dos impasses seria a formação da equipe da Casa Civil. Alguns nomes estariam sendo contestados. Berger quer autonomia para montar o seu staff e Agnelo teria algumas sugestões.
Aliás, Berger entrou em contato com o articulista pedindo que se corrija uma informação no artigo da semana passada: “Berger, a Dilma de Agnelo”. Ele explicou que não conversou diretamente com a presidente Dilma e com o ex-presidente Lula sobre a sua vinda para a Casa Civil do GDF. As conversas foram tratadas com o secretário-chefe da Presidência da República, Gilberto Carvalho.
Voltando à consultoria, o ponto mais polêmico do estudo é o que trata de uma pesquisa a qual revela que a população “gosta” de denúncias e críticas que atinjam a Câmara Legislativa. Foi nesse momento que o Legislativo local caiu em desgraça. A imprensa não tem dificuldade de noticiar erros da Câmara. Os próprios distritais se encarregam de produzir uma pauta negativa. Eles ficam irritados quando são descobertos.
A Câmara Legislativa não está sofrendo uma perseguição dos jornalistas e nem adianta declarar a imprensa como inimiga número um dos deputados. Às vezes o inimigo (ou fogo amigo) é outro. Não é toda a imprensa que embarcou no massacre ao Legislativo. E, ainda, porque se trata, infelizmente, do jogo político e rasteiro de parte dos homens públicos de nossa cidade.
O presidente da Casa, deputado Patrício (PT), tem todo o direito de sair em defesa da Casa que comanda. Até porque ele vem acumulando desgaste com todo o tiroteio que a Câmara Legislativa vem sofrendo. O que não pode é errar o foco e ver inimigo onde ele não existe. Também é preciso controlar as emoções, mesmo que às vezes tenha vontade de ligar o botão.
Patrício e Paulo Tadeu são unha e carne na política. De forma diferente, ambos estão vivendo um inferno astral. A perda de prestígio da dupla é comemorada nos dois lados do Buriti: pelos assessores que acompanham o governador desde os tempos da Anvisa e do Ministério do Esporte; e por integrantes da Articulação – tendência majoritária do PT –, que ocupam cargos no GDF. Sinceramente: a estratégia, se foi mesmo adotada, é desastrosa. Um tiro no pé.
Fonte : Blog do Callado
Blog Rádio Corredor por Odir Ribeiro
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