Reuniões a portas fechadas, negociações partidárias e lista tríplice de delegados, apesar das tentativas para que o diretor-geral da Polícia Civil fosse escolhido nesta sexta-feira, decisão do governador Agnelo Queiroz deve ser anunciada só na segunda-feira (6)
Brasília247 – O suspense sobre o nome do novo diretor-geral da Polícia Civil deve permanecer até a próxima semana. Apesar dos alardes de que o governador Agnelo Queiroz faria o pronunciamento na Secretaria de Segurança Pública nesta sexta-feira (3), após a reunião com o secretário Sandro Avelar, o impasse continua. Três nomes são cotados para o cargo: o de Cláudio Magalhães, o de Eric Seba de Castro e o de Jorge Luiz Xavier. Eles foram eleitos pelos delegados do sindicato.
Mas existe uma possibilidade de nenhum deles poder sentar na principal cadeira da Polícia Civil. A informação que corre nos bastidores é que o governador quer se precaver de qualquer problema futuro, por isso precisa averiguar com calma e sem pressão os nomes indicados pela manhã para não errar na escolha.
Diretor do Departamento de Polícia Circunscricional, Eric Seba é o menos votado entre os três eleitos pelos 250 delegados do Sindepo. Ele teve 25 votos. Figuram a relação de nomes, o subsecretário do Sistema Penitenciário (Sesipe), Cláudio Moura Magalhães, que teve 39 indicações, e Jorge Luiz Xavier, que atualmente trabalha na inteligência da Secretaria de Segurança Pública, com 45 votos.
Os três nomes surgiram após uma votação democrática da categoria na noite de quinta-feira (2). O presidente do Sindepo, Benito Augusto Galliani Tiezzi, ajudou a fazer a eleição. Para evitar candidaturas espontâneas, os 150 delegados da classe especial (que têm mais de 15 anos de carreira) viraram automaticamente candidatos à principal cadeira da Polícia Civil. Apenas os nomes dos presidentes da Sindepo e da Adepol foram retirados. “Os votos foram pulverizados pela quantidade de candidatos”, contou Benito.
Ao entregar a lista ao secretário Sandro Avelar, Benito Galliani reforçou a importância de a escolha do novo diretor ser um dos nomes eleitos pelos próprios delegados. “Para nós importa que a escolha seja dentro desses nomes”. Ao coordenar a eleição, Benito pediu apenas que fosse afastada a questão política e que a regra legal de escolher alguém acima de 15 anos fosse respeitada.
Na quinta-feira (2), o então diretor-geral Onofre Moraes pediu exoneração após divulgação de vídeo em que aparece criticando o governador Agnelo Queiroz. Nas imagens, Onofre diz que o governador deixaria o mandato em “um camburão da Polícia Federal”. Atualmente, o diretor-adjunto João Rodrigues ocupa o posto como interino.
Fonte: Brasília 247 - 03 de Fevereiro de 2012 às 20:52
Nenhum comentário:
Postar um comentário