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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

POLÍCIA CIVIL DO DF À BEIRA DO ABISMO


A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) vive à sombra de uma reputação que não existe mais.

Há tempos, a instituição que sempre foi reconhecida nacionalmente por manter uma média de 80% sobre a resolução de crimes contra a vida está longe da antiga eficiência em que autores de homicídios eram identificados e presos.

Mais que isso, a Polícia Civil está em ebulição e sem qualquer comando. Enquanto agentes estão desmotivados, delegados estão mais preocupados em garantir cargos de chefia do que em coordenar investigações. Já o diretor-geral da Instituição, delegado Onofre de Moraes troca os pés pelas mãos no momento de tomar decisões.

Unidades especializadas da PCDF que ajudaram ao longo dos anos a formar uma reputação de respeito no âmbito da segurança pública foram completamente pulverizadas pela nova direção. As unidades que não foram desintegradas simplesmente perderam força ou foram integradas a outras delegacias.

Delegados que no decorrer de suas carreiras receberam um alto investimento do governo para se especializarem – inclusive com longos cursos no exterior – foram jogados para escanteio em detrimento de interesses políticos. Interesses muitas vezes ligados a figuras escusas, como é o caso de Durval Barbosa, delator do escândalo que desencadeou a operação Caixa de Pandora e o agente de polícia aposentado Marcelo Toledo, ligado a uma série de esquemas fraudulentos na estrutura do GDF e envolvido em crimes que já foram investigados tanto pela Polícia Civil quanto Polícia Federal.

Eficiente para desvendar crimes cibernéticos e auxiliar investigações em que são necessárias a análise de informações digitais, a Divisão de Combate a Crime de Alta Tecnologia (Dicat) foi eliminada da estrutura da PCDF.

A unidade era um dos braços importantes do Departamento de Atividades Especiais (Depate), que antigamente contava com onze divisões. Os desmandos continuaram e o departamento continuou sendo esvaziado.

Ainda foram desmembradas a Divisão Especial de Combate ao Crime Organizado (Deco) e Divisão de Inteligência Policial (Dipo). Ambas foram vinculadas ao Departamento de Polícia Especializada (DPE), que fica sob o comando do delegado Mauro Cézar, conhecido amigo de figuras como o ex-governador Joaquim Roriz (PSC), o ex-deputado federal e ex-diretor-geral da PCDF, Laerte Bessa.

No próximo post, o Fala Sério DF irá mostrar que protagonistas e pivôs de escândalos políticos-policiais ocorridos nos últimos tempos, como Durval Barbosa e o agente aposentado da Polícia Civil Marcelo Toledo permanecem operando em unidades estratégicas da PCDF.

Fonte: Blog Fala Sério DF

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