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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

FRAGA QUER PAULO OCTÁVIO DE VOLTA

Fraga quer Paulo Octávio de volta 

Sem mandato, acusado de irregularidades na Secretaria de Transportes e vendo seu partido se esvaziar, o presidente do DEM se articula para as eleições de 2014 com PSDB, PSC e PR 


Noelle Oliveira_ Brasília247 – "O DEM vai entrar nas próximas eleições renovado", assegura o ex-deputado Alberto Fraga, presidente do partido no Distrito Federal. E está de braços abertos para o ex-vice-governador do Distrito Federal Paulo Octávio, completa. Segundo Fraga, o empresário é bem-vindo de volta à legenda se essa for sua vontade. "Não havendo nada contra ele, seu lugar está garantido para voltar na hora que quiser, já disse isso a ele", afirma.

Ele se diz amigo pessoal de Paulo Octávio, de quem sempre recebe orientações. O partido busca apoios, como o do ex-vice-governador, para ganhar forças visando às eleições de 2014. Apesar do esvaziamento da legenda – tem no DF apenas um deputado distrital, Raad Massouh – Fraga afirma que políticos de influência têm demonstrado interesse no partido, mas não revela nomes.

Sem mandato, Fraga procura se articular com o PSDB, o PSC e o PR para somar  forças e ter uma postura de oposição ao governo de Agnelo Queiroz. Dessa união "de amigos" ele garante que surgirá um candidato ao governo do DF para o próximo pleito. 

"Quem será eu não sei, mas tenho certeza que, quando chegar um ano antes das eleições, muita gente vai querer entrar nessa com a gente e aí terá prioridade que já está dentro", afirmou. Ele reconhece, no entanto, a dificuldade de tocar a tarefa sem um mandato eletivo e diz se apoiar no poder das redes sociais para repercutir opiniões e se manter próximo do eleitorado.

Ao avaliar a perda de poder pelo partido, Fraga considera que o DEM foi precipitado ao expulsar o ex-governador José Roberto Arruda. "Agora, temos aí os mensaleiros no PCdoB, no PR e ninguém expulsa ninguém, não entendo." Ele garante que sua relação com o ex-governador é pequena, mas não deixa de destacar a influência política que ainda tem na cidade: "Tanto é que nas ruas ainda se fala de Arruda e do que ele fez, não podemos negar isso".

Coronel da PM, Fraga não poupa críticas ao governo Agnelo, que considera "incompetente". "Se não tivéssemos dinheiro em caixa o problema seria outro, mas temos R$ 3 bilhões, isso é injustificável", diz. Segundo ele, o principal problema continua sendo a saúde, justamente uma das bandeiras de campanha do governador. "Estou até hoje procurando aqueles hospitais que ele prometeu que iria arrumar, onde o atendimento seria um exemplo", ironiza.

Para o ex-secretário de Transportes, as denúncias recentes que têm sido feitas a ele, envolvendo o recebimentos de propinas na pasta que comandou no governo Arruda e a compra de um apart-hotel em nome de seu ex-secretário adjunto, Júlio Urnau, são um reflexo do "medo dos concorrentes". 

"Em pesquisas recentes ele viram que o meu nome ainda aparece forte na cidade e começaram a buscar factóides, a tendência é que mantenham essa postura daqui para frente", considerou. Investigação da Polícia Civil do DF acusa Urnau e outros funcionários da Secretaria de Transportes por fraudes em contratos da secretaria e desvio de verbas. Fraga está sendo investigado, mas rebate: "Não existe nenhuma prova de envolvimento meu em qualquer dessas acusações".

Outra preocupação do DEM é com o posicionamento do partido na Câmara Legislativa. O fato de Raad Massouh não fazer oposição a Agnelo é o que mais o desagrada a Fraga. 

"Certamente ele teria uma posição de muito mais destaque se estivesse seguindo esse caminho, mas ele está em cima do muro", reclama. "Um governo sem oposição é um governo de corrupção."

O deputado Raad responde à crítica e diz que não vê motivos para preocupação. Segundo ele, sua posição perante o governo sempre foi acordada com o partido e será mantida. "Não vou fazer oposição irresponsável e não sou do governo, sou independente e permanecerei assim", disse.  

Fonte: Brasília 247 - 25 do Outubro de 2011 às 17:28

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