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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

A CRONOLOGIA DA CRISE QUE DERRUBOU ORLANDO SILVA

 
15/10 - À “Veja”, o PM João Dias Ferreira conta como funcionaria um esquema que teria consumido R$ 40 milhões do Programa Segundo Tempo, dirigido pela pasta. Dinheiro de propina — cobrada de ONGs interessadas em receber recursos do Esporte — iria para o PCdoB e teria financiado a campanha presidencial de 2006. Segundo João Dias, uma caixa com dinheiro do esquema foi entregue a Orlando Silva, na garagem do ministério, por Célio Soares Pereira, também do PCdoB. Não foi confirmada a denúncia da entrega da suposta propina ao ministro, mas as investigações da imprensa mostraram que grande parte das ONGs que receberam recursos era ligada ao PCdoB.

17/10 - A presidente Dilma Rousseff afirma que respeita o princípio da presunção de inocência. Orlando Silva transfere para Agnelo Queiroz, seu antecessor no comando da pasta, a responsabilidade pelo fato de o ministério ter fechado convênio com a ONG de João Dias. Diz também que vai processar seus acusadores, e que fica no cargo.
 
18/10 - Reportagem do GLOBO mostra que a CGU cobra, desde de 2006, R$ 49 milhões usados irregularmente por ONGs só em convênios com o Ministério do Esporte. João Dias afirma que uma central de cobrança de propina foi instalada num escritório dentro do Ministério do Esporte. Numa sessão de mais de quatro horas na Câmara, Orlando Silva se defende.
 
19/10 - No Senado, o ministro apresenta os mesmos argumentos expostos na Câmara e anuncia aos senadores que acionará a Advocacia Geral da União (AGU) para registrar uma queixa-crime por calúnia contra João Dias e Célio Soares Pereira. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirma que pedirá abertura de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar suposta participação de Orlando e do governador Agnelo Queiroz em desvio de dinheiro do Segundo Tempo. Hoje, já existe um inquérito no Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre Agnelo. João Dias presta depoimento na Polícia Federal. Diz que Orlando recomendou que ele comprasse quimonos de uma das empresas de Miguel Santos de Souza. Relatório da Operação Shaolin — investigação sobre as supostas fraudes das ONGs de João Dias — informa que são “fantasmas” algumas das empresas de Miguel Santos. Elas foram usadas para fornecer notas fiscais frias a ONGs financiadas pelo Segundo Tempo, entre elas as de João Dias. O policial diz ainda que teve várias conversas informais com Orlando.
 
20/10 - Em sua passagem pela África, antes de embarcar para o Brasil, a presidente Dilma Rousseff criticou o “apedrejamento moral” contra qualquer pessoa, incluindo o ministro Orlando Silva. A presidente disse que quando chegasse ao país tomaria todas as medidas necessárias para apurar as denúncias e punir responsáveis por desvio de recursos no Ministério do Esporte.
 
21/10 - Após quase uma hora e meia de reunião com a presidente Dilma, Orlando é confirmado no cargo. Procurador-geral da República, Roberto Gurgel pede abertura de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar o ministro e Agnelo Queiroz (PT), por crime de responsabilidade nas supostas irregularidades no programa Segundo Tempo. O ex-presidente Lula conversa, por telefone, com o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, e pede para que o partido e Orlando resistam às pressões e não deixem o Esporte.
 
22/10 - A revista “Veja” publica nova reportagem com o policial militar João Dias. Ele teria contado com a ajuda de dois assessores do Ministério do Esporte — o assessor especial Fábio Hansen e o então chefe de gabinete Charles Rocha — para encontrar formas de escapar das investigações sobre desvio de verbas públicas. A conversa entre o PM e os funcionários da pasta foram gravadas.
 
23/10 - O ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, diz que, apesar da permanência de Orlando Silva no Esporte, ainda não há uma posição definitiva do governo.
 
24/10 - Em depoimento à Polícia Federal, João Dias afirma que sete ONGs vão denunciar o esquema de propina no Ministério do Esporte. Ao todo, o policial espera arregimentar representantes de 20 entidades que teriam cometido fraudes no Programa Segundo Tempo. O PM entrega à PF 14 arquivos de áudio, um celular e uma relação de nomes de empresas beneficiadas pelo suposto desvio de verbas. O Ministério do Esporte anuncia abertura de sindicância para investigar a denúncia de que Fábio Hansen e Charles Rocha teriam atuado para encobrir irregularidades envolvendo João Dias e uma de suas ONGs.
 
25/10 - Enquanto Orlando Silva é “bombardeado” em mais um depoimento na Câmara, a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, abre inquérito para apurar suposta participação de Orlando em desvios de recursos do Segundo Tempo. O inquério torna insustentável a situação de Orlando, e o PCdoB joga a toalha, aceitando a saída do ministro.
 
26/10 - Orlando Silva não resiste às pressões e entrega o cargo reafirmando sua inocência
 
Fonte: Jornal O Globo
Blog do Edson Sombra

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