Desde que se tornou um confidente de Agnelo Queiroz, inclusive freqüentando o comitê secreto do então candidato ao governo do Distrito Federal, onde foram feitos muitos e muitos acordos às vésperas da eleição de 2010, Paulo Tadeu conseguiu superar os membros da própria cúpula regional do Partido dos Trabalhadores. A esperteza de Tadeu o transformou num homem forte do governo Agnelo. Hoje, Tadeu é um dos políticos que consegue nomear mais cabos eleitorais dentro do governo.
Aliás, em vez de secretário de Governo, Tadeu deveria sim ganhar a vida como ouvidor.
Ele tem um tino especial para o negócio. Pois, na época de campanha, no comitê secreto, onde Agnelo tinha de entrar disfarçado para não atrair a curiosidade da vizinhança, pela sua altura acima da média, o rosto barbado e singular aparência desconjuntada, Tadeu agiu como um profissional.
Tadeu alugou uma sala vizinha e ficou por ali até ganhar a confiança de Agnelo. Naturalmente, como confidente, Tadeu passou a conhecer os detalhes da vida de Agnelo, inclusive os problemas...
Pela sua participação nos bastidores da campanha de Agnelo, Tadeu tornou-se uma “caixa preta”, tamanho as façanhas políticas que participou.
Também não foram poucos os problemas que teve de ajudar a resolver, focos de incêndios muito bem debelados. Se quisesse, Tadeu poderia escrever um livro com essas histórias, e ganharia um bom dinheiro como contador de histórias, se quisesse...
Mas, diferente de um contador de histórias, Tadeu foi mais prático e preferiu ser alguém importante no governo Agnelo. E no cargo de secretário de Governo, Tadeu tornou-se um dos homens mais fortes do governo.
Engana-se quem acredita que o Palácio do Planalto teria articulado e conseguido demitir Tadeu. Pois, ele está mais forte que nunca.
Como exemplo, o Diário Oficial do DF nº 182, publicado no dia 19 de setembro de 2011, que mostra a força e o poder de Tadeu, com nomeações dentro do GDF.
Bastou apenas uma canetada, e o Decreto nº 33.201/2011 criou quase mil novos cargos em comissão na estrutura da Secretaria de Governo. E quem é o secretário da pasta? Tadeu.
Cabide de empregos - Pelo Decreto, foram criados 210 Cargos de Natureza Especial (CNE), ou seja: mais empregos públicos que dispensam concursos públicos para sua efetivação. Alguns salários mensais chegam a R$ 13.9 mil que, somados, terão um custo para os cofres públicos de mais de R$ 1.3 milhão ao mês. Uma despesa anual que poderá chegar aos R$ 15.7 milhões, acrescentando-se as férias e 13º salários dos servidores nomeados.
Ao todo, o Decreto autoriza a contratação de 809 novos felizardos novos servidores do GDF.
Além dos servidores que ocuparão os CNEs, outros 599 serão efetivados em cargos menores, na estrutura da Secretaria de Governo, com salários entre R$ 1.3 mil e R$ 3 mil, com despesa que poderá chegar num total de R$ 32 milhões, tudo pago pelos cofres públicos.
Fonte: Jornal das Cidades
Blog do Odir Ribeiro - Rádio Corredor
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