Agnelo resolveu colocar o PTB no governo, mas está difícil encontrar um lugar para o único deputado distrital do partido. PDT e PT não querem abrir mão de Trabalho e Desenvolvimento Econômico
Naira Trindade_247 – O deputado distrital Cristiano Araújo(foto), do PTB, quer e vai ser secretário de Estado. Mas não sabe secretário de quê. Espera uma decisão do governador Agnelo Queiroz (PT) para conhecer seu novo posto. Uma secretaria para o parlamentar e para o PTB foi reivindicada com vigor pelo senador Gim Argello, líder do partido no Senado. Como o governo federal precisa de Gim e do PTB, Cristiano vai participar do governo do DF.
Mas o deputado não quer qualquer secretaria. Já recusou a da Juventude, considerada apropriada para seus 28 anos de idade. As duas opções aventadas nos bastidores são a Secretaria de Trabalho, ocupada por Glauco Rojas, do PDT, e a de Desenvolvimento Econômico, a segunda assumida por Jacques Pena, do PT, neste governo.
O problema é que Rojas é indicação do deputado distrital Israel Batista (PDT), que tem um voto na Câmara e não iria gostar de ver seu afilhado desalojado do governo. Agnelo teria de dar outra secretaria a Israel, abrindo nova complicação.
Jacques Pena já teve gabinete no Buriti. Deixou a Casa Civil depois de três meses de governo para substituir José Moacir Vieira na Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Vieira foi a primeira baixa do governo. O empresário – dono da rede de lojas de materiais de construção Maranata – abandonou o barco devido a pressões por estar investigando corrupção no Pró-DF. Antes, garantiu-se e registrou, na 15ª Delegacia de Polícia, em Ceilândia, um boletim de ocorrência da ameaça de morte que recebera.
Jacques Pena é da confiança do governador e integrante da corrente majoritária do PT. Esse grupo, do qual fazem parte o distrital Chico Vigilante e o federal Roberto Policarpo, presidente do PT-DF, não aceitará facilmente entregar a secretaria. E para onde iria Pena?
A possibilidade de Cristiano Araújo ficar à frente de uma dessas duas secretarias é, assim, vista com cautela. Além disso, há no governo os que acham que a pasta do Desenvolvimento Econômico precisa de um secretário "experiente" para lidar com todas as complicações com empresários, entre as quais o Pró-DF. E Cristiano é empresário do setor de vigilância e limpeza e teve sua primeira eleição impugnada, sem sucesso, justamente por Chico Vigilante.
O secretário de Trabalho, Glauco Rojas, desconsidera qualquer mudança na pasta. "O governador é autoridade suprema na montagem da equipe dele", reconhece, mas ressalva: "Não considero isso porque estamos tocando todas as sinalizações de permanência e de continuidade no governo; mas a avaliação é do capitão do time. Até o contrário, permaneço".
Na semana passada, o deputado federal Luiz Pitiman (PMDB) pediu exoneração do cargo de secretário de Obras. Agora volta à Câmara dos Deputados, causando dois problemas para Agnelo: onde colocar seu suplente, Ricardo Quirino, do PRB e pastor da Igreja Universal do Reino de Deus, e quem colocar em seu lugar em Obras. A intenção do governador é não deixar Quirino desamparado, o que levará a mais mudanças no governo.
O governador já trocou também o primeiro secretário de Segurança Pública, Daniel Lorenz, pelo delegado federal Sandro Avelar. Especula-se que haverá mais substituições. Os secretários de Meio Ambiente, Eduardo Brandão, do PV, e da Educação, Regina Vinhaes, aparecem na lista dos que em breve cairão. Cristiano também já foi lembrado para o lugar de Brandão. A questão central é mesmo esta: onde colocar Cristiano?
Outro dilema - O governador Agnelo Queiroz tem outro problema: quem colocar no lugar de Luiz Pitman na Secretaria de Obras? O vice-governador Tadeu Filippelli quer alguém de seu grupo político e o mais falado é o presidente da Novacap, Maurício Canovas. Mas parte do PT acha que agora é a oportunidade de pegar a secretaria e pressiona.
A indicação mais forte fora do grupo de Filippelli é um ex-presidente da Novacap, José Humberto Matias de Paula, hoje diretor da Terracap. José Humberto é ligadíssimo, assim como seu irmão Hermes, ao senador Cristovam Buarque. Com alguém seu em Obras, Cristovam seria atraído pelo governo.
A possibilidade de Cristiano Araújo ficar à frente de uma dessas duas secretarias é, assim, vista com cautela. Além disso, há no governo os que acham que a pasta do Desenvolvimento Econômico precisa de um secretário "experiente" para lidar com todas as complicações com empresários, entre as quais o Pró-DF. E Cristiano é empresário do setor de vigilância e limpeza e teve sua primeira eleição impugnada, sem sucesso, justamente por Chico Vigilante.
O secretário de Trabalho, Glauco Rojas, desconsidera qualquer mudança na pasta. "O governador é autoridade suprema na montagem da equipe dele", reconhece, mas ressalva: "Não considero isso porque estamos tocando todas as sinalizações de permanência e de continuidade no governo; mas a avaliação é do capitão do time. Até o contrário, permaneço".
Na semana passada, o deputado federal Luiz Pitiman (PMDB) pediu exoneração do cargo de secretário de Obras. Agora volta à Câmara dos Deputados, causando dois problemas para Agnelo: onde colocar seu suplente, Ricardo Quirino, do PRB e pastor da Igreja Universal do Reino de Deus, e quem colocar em seu lugar em Obras. A intenção do governador é não deixar Quirino desamparado, o que levará a mais mudanças no governo.
O governador já trocou também o primeiro secretário de Segurança Pública, Daniel Lorenz, pelo delegado federal Sandro Avelar. Especula-se que haverá mais substituições. Os secretários de Meio Ambiente, Eduardo Brandão, do PV, e da Educação, Regina Vinhaes, aparecem na lista dos que em breve cairão. Cristiano também já foi lembrado para o lugar de Brandão. A questão central é mesmo esta: onde colocar Cristiano?
Outro dilema - O governador Agnelo Queiroz tem outro problema: quem colocar no lugar de Luiz Pitman na Secretaria de Obras? O vice-governador Tadeu Filippelli quer alguém de seu grupo político e o mais falado é o presidente da Novacap, Maurício Canovas. Mas parte do PT acha que agora é a oportunidade de pegar a secretaria e pressiona.
A indicação mais forte fora do grupo de Filippelli é um ex-presidente da Novacap, José Humberto Matias de Paula, hoje diretor da Terracap. José Humberto é ligadíssimo, assim como seu irmão Hermes, ao senador Cristovam Buarque. Com alguém seu em Obras, Cristovam seria atraído pelo governo.
Fonte: Brasília_247 - http://www.brasilia247.com.br/
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