TONINHO DO PSOL E AGNELO QUEIROZ |
Sem iniciativas, Agnelo inaugura obras dos outros
Passado um longo período de sufoco, com Brasília virando motivo de chacota para o resto do País, a população da capital da República teve sua grande oportunidade de mudanças vindas de palavras e gestos motivadores de um novo caminho.
Novo Caminho? Como trilhá-lo, sobre uma frágil base de políticos aliados que promoveram desastres nas estradas percorridas pelas administrações anteriores? Se a idéia era apagar o malfeito que eles mesmos protagonizaram, é de supor que não poderiam inovar.
O governo tem trabalhado, é verdade. Mas apenas retoma obras inacabadas da gestão anterior; conclui e coloca uma placa com seu nome. Busca-se assim arrumar a bagunça com que Brasília foi recebida. Nada mais que isso.
O eleitor, com certeza, lastima o que vê. Imaginava que a opção seria Agnelo Queiroz contra Weslian Roriz. Não acreditava em uma terceira via. O importante era descartar a candidata Weslian, dona de um sobrenome conhecido por depauperar o Distrito Federal.
Com os olhos voltados apenas àquelas duas opções, o brasiliense parece não ter notado a presença de Toninho do Psol. Contudo, esse mesmo Toninho que marginalizava as duas partes, parece ter se sentido tão desfeito que simplesmente desapareceu. Como explicar seu sumiço? Por onde anda o terceiro candidato mais votado, que chegou a empolgar seus seguidores, mas que hoje não tem ligações com suas bases e não faz a oposição que dele se esperava?
Há muitas perguntas no ar.
Toninho era apenas uma fachada? A herança maldita interfere no novo caminho, ou isso não passa de mais uma desculpa esfarrapada?
Não mostrar em oito meses serviço nas áreas essenciais como saúde, educação, transporte e segurança é o maior pecado de Agnelo Queiroz. Porque tocar obra alheia não cabe como desculpa.
O quadro caótico que o ex-ministro do Esporte diz ter herdado continua a crescer. Quem se atreve a sair de casa (pois há quem nela fique, temendo a violência das ruas) observa o descaso das autoridades com a sociedade.
A verdade é que o governo não está trabalhando para o povo, pois quem tem o poder e quer mudar alguma coisa, muda. Há recursos, mas não há vontade política.
O quadro reinante em Brasília é triste. E ninguém em sã consciência acredita que política ou partido é o oposto um do outro. Tudo farinha do mesmo saco, diz a crença popular.
A única certeza é de que, se algo no caminho tortuoso tem mudado, é o desinteresse da sociedade pela classe política. Esse sim, é um caminho de extensão imensurável.
Fonte: Por Jéssica Araújo é colaboradora eventual de Notibras
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