Há uma perceptível miopia, sejamos generosos, no que diz respeito à condução da ‘comunicação’ do GDF. Não se trata de questionar a falta de competência da titular da pasta ou de sua total inaptidão para o cargo. É algo mais profundo e que acaba redundando em um processo continuado de desgaste do governo.
A esconder o governador, franqueando-o apenas aos ‘escolhidos’, ele se tornou refém de /ma estratégia que já deu errado no passado e tem tudo para fracassar de novo.
Marx, deturpações à parte, já ensinou: a história só se repete duas vezes. A primeira enquanto tragédia – que acabou redundando na derrota de Cristovam – e a segunda, enquanto farsa.
Assistimos a um espetáculo deprimente, para alegria das viúvas de Roriz e de Arruda que, sem emprego e podendo viver sem trabalhar, passam os dias nas redes sociais destilando iras. Diante da inércia da comunicação do GDF.
Mas o erro é anterior – claro que passa pela escolha de pessoas erradas para funções assim estratégicas. Mas passa também pela falta de uma política de comunicação identificada com os compromissos de campanha. Identificada com os compromissos de democratização e transparência que o PT, ao menos no discurso, sempre assumiu.
Faltou, depois de 30 dias, fazer um balanço de como a máquina foi recebida dos governos anteriores – destruída que foi pelos desgovernos de Roriz e Arruda/Rosso, farinhas do mesmo saco e adeptos das mesmas práticas nada recomendáveis. A primeira campanha publicitária teria de ter sido toda ela de balanço do caos da máquina administrativa, mostrando a falência dos serviços públicos. Em lugar disso, pessoas sorrindo – como se o paraíso enfim tivesse sido descoberto.
A comunicação falha ao não ter respostas para situações ridículas, mas que acabam se transformando em verdades ocasionais. Os compromissos de governo – assumidos para serem implantados ao longo de quatro anos – são deturpados e cobrados como se houvesse como realizá-los em 100 dias ou seis meses. Mas também por culpa da falta de comprometimento político de quem deveria estabelecer uma política de comunicação para um Governo que mesmo com aspectos de continuidade, precisa apresentar sinais de ruptura com o modelo anterior.
Ao tentar guardar o governador apenas para seus amigos, a comunicação do GDF impediu que ele, na condição de chefe do Executivo, evitasse inclusive alguns absurdos de aliados seus que prometem obras em poucos dias quando estas demandam processos burocráticos e legais – licitação, etc – que precisam ser obedecidos inclusive em seus prazos. Ao dizer reiteradamente que o “GDF está estudando o caso”, que o “GDF está avaliando a situação” escolheu-se o caminho reativo e jamais propositivo.
Falta criar uma agenda positiva – com dinamismo e com ações pontuais. Pode-se dizer, passados seis meses, que Agnelo sofre pela incompetência da equipe de comunicação.
Talvez ele não tenha condições de se livrar desta companhia – o que será cada vez pior para ele e para o seu governo.
Aprendi que as pessoas muito inteligentes aprendem com os erros das outras pessoas; os inteligentes aprendem com os próprios erros e tem ‘os outros’ que não aprendem de jeito nenhum. O povo da comunicação do GDF está neste terceiro grupo. E parece que sente imenso prazer em repetir erros – amparado apenas no ego e na certeza de que, ao proteger e atender a poucos e bajular, mantém o cargo.
Fonte: Blog do Alfredo - http://www.debrasilia.com.br/noticias.php?id_noticia=2277
Câmara em Pauta
O PROBLEMA NÃO É A SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO, MAS OS ALOPRADOS DO PT QUE ESTÃO INFILTRADO EM TODOS OS SETORES ADMINISTRATIVO DO GDF, LEVANDO TERROR E DESARMONIA. COM ISSO OS SERVIDORES VENTILAM O VENENO QUE ELES PASSAM, CONTAGEANDO TODA SOCIEDADE DE BRASÍLIA.
ResponderExcluir