Secretaria de Desenvolvimento Social deixa de repassar verba obrigatória para manutenção de entidades assistenciais; só na Estrutural, ONG que atende a 400 menores pode fechar
Quando era ministro do Esporte, o hoje governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz (PT) criou o programa Segundo Tempo, voltado para crianças carentes de todo o país que viviam nas ruas. Hoje, quando ocupa sua cadeira no Palácio do Buriti, Agnelo deixa menores abandonados.
É o que acontece em diferentes satélites onde reina a pobreza. Como na cidade Estrutural, denuncia a deputada distrital Liliane Roriz (PRTB). Segundo ela, entidades sociais que atuam no Distrito Federal em convênio com o GDF ligaram o sinal vermelho devido aos constantes atrasos dos repasses feitos pela Secretaria de Desenvolvimento Social.
Apenas a título de ilustração, basta lembrar que só na Associação dos Voluntários Pró-Vida Estruturada, conhecida como Associação Viver, organização não governamental que atende a cerca de 400 crianças, de 5 a 12 anos, os repasses não são feitos há dois meses. É um calote de 128 mil reais. Inconformada com a situação, a deputada promete encaminhar pedido de informações à secretária Arlete Sampaio, do Desenvolvimento Siocial, cobrando explicações.
Nesta quinta-feira (28), Liliane, que preside a Comissão de Assuntos Sociais da Câmara Legislativa, esteve na instituição e constatou o atraso dos pagamentos. “Imaginem se esta entidade fechar as portas, para onde levaremos todas essas crianças que passam parte do dia aqui, enquanto os pais trabalham? É um descaso o GDF saber que essas instituições já são tão carentes e mesmo assim deixar a irresponsabilidade ser maior que a compaixão”, avaliou a parlamentar.
Durante a visita, a distrital conheceu as dependências da ONG, que funciona há 17 anos, e observou a necessidade urgente de melhorias para o conforto das crianças atendidas.
“A gente brinca no barro e na poeira mesmo, mas é melhor do que ficar em casa. Aqui eu aprendo tudo e os tios são legais comigo”, revelou o pequeno Leonardo Dicaprio, um dos alunos matriculados na associação. Antes de passar parte do dia brincando, Léo – como prefere ser chamado – acompanhava os pais, que são catadores no Lixão da Estrutural, área vizinha da entidade. “Aqui é bem melhor”, comparou, sem pensar duas vezes. Na visita, a parlamentar entregou bolas de futebol novas para a prática do esporte.
Por causa dos atrasos, o risco de instituições como a Viver fechar as portas é grande.“Pelos relatos que ouvi, a entidade já está há mais de dois meses sem receber dinheiro do GDF e todos os funcionários estão trabalhando voluntariamente no projeto. E não é a primeira vez que isso acontece este ano”, denunciou Liliane.
Os voluntários se revezam na coleta de donativos para manter a estrutura da instituição. “Todo mundo que está aqui faz por amor e não por dinheiro. Enquanto der, vamos levando pelo bem das crianças”, afirmou uma das 20 pessoas que dedicam boa parte do tempo à instituição.
Para a parlamentar, a situação é preocupante. “Quantas outras entidadesestão nesta mesma situação?”, questionou Liliane. Como presidente da Comissão de Assuntos Sociais, a distrital vai visitar outras entidades e cobrar da Secretaria de Desenvolvimento Social relatório completo sobre a situação do repasse de recursos para as entidades sociais.
Fonte: Blog do José Seabra
Prezado José Seabra
ResponderExcluirA Associação dos Voluntários Pró-vida Estruturada - VIVER, organização não-governamental, mantida pela 1ª Igreja Presbiteriana do Brasil no Cruzeiro, através do seu presidente, vem a público, com relação à nota publicada no bolg José Seabra, da Notibras, onde se refere à Associação VIVER, esclarecer o que se segue:
A VIVER mantém trabalho sócio-educativo na Cidade Estrutural, desde o ano de 1994, e foi formalmente constituída a partir de 1997.
Atualmente são atendidas na Cidade Estrutural, Brasília-DF, 400 crianças e adolescentes ao dia, com idade entre 6 a 15 anos de idade, de segunda a sexta-feira com café da manha, lanche, almoço e jantar. A VIVER tem como objetivos:
1) Contribuir para o desenvolvimento físico, psíquico, intelectual, ético, social e cultural de crianças e adolescentes, público alvo na Estrutural, mantendo-os em seu meio sócio-familiar;
2) Fortalecer o vínculo familiar e comunitário das crianças e adolescentes;
3) Promover atividades sócio-educativas diversificadas e adequadas aos interesses e necessidades das diferentes faixas etárias e das demandas surgidas.
Para a execução dessas atividades, a VIVER mantém parceria com o GDF desde o ano de 2006, tendo firmado um convênio para repasse de recursos financeiros da SEDEST a partir de 2008.
O referido convênio teve o seu vencimento em maio do corrente ano, sendo prontamente renovado pela Senhora Secretária de Estado da Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferêncfia de Renda- SEDEST, Dra. Arlete Sampaio.
Porém, considerando problemas relacionados à prestação de contas, os repasses deixaram de ser feitos a partir do mês de maio até que a situação seja regularizada, o que já está ocorrendo. Entretanto, já estão em andamentos diálogos entre a VIVER e a SEDEST para equacionar a referida situação.
É oportuno esclarecer, ainda, que no ano de 2010, a VIVER ficou 4 (quatro) meses sem receber os referidos recursos pela demora na renovação do convênio por parte do governo local.
Por fim, gratos pela oportunidade, solicita-se a publicação deste esclarecimento público para conhecimento dos leitores do blog.
Atenciosamente,
Misael Guerra Pessoa de Andrade/Presidente da VIVER