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Brasília, Distrito Federal, Brazil
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quarta-feira, 29 de junho de 2011

ANÁLISE DE UM ENIGMA A PARTIR DAS COSTURAS DE LEMOS, AQUI E NO EXTERIOR

O que Thomas de Miriam, herdeiro de FHC, tem a ver com Agnelo, Rodoviários, Canhedos e Fernando Lemos? Somente um jornalista como José Seabra, no alto de sua experiência, de faro apurado, teria a capacidade para decifrar no texto "Costuras de Lemos, aqui e no exterior" o enigma que os envolve. Um enorme novelo se formou a partir da trama envolvendo o transporte público de Brasília.

 
foto: Campanella e Paulo Tadeu / Brasilia em OFF
Para melhor entendermos essa história, temos que voltar no tempo, mais precisamente no ano de 2005, quando o então deputado distrital Paulo Tadeu apresentou, “inocentemente”, um "não qualquer” Projeto de Lei. Trata-se do PL 1774/2005, que instituía o passe livre estudantil no sistema de transporte público do Distrito Federal. O projeto transformou-se na Lei 3.921/2006.

A implantação do sistema coube ao governo de José Roberto Arruda, que arregimentou a empresa “FÁCIL”, criada pelos empresários de transportes públicos, para administrar todo o sistema. Após a abertura da Caixa de Pandora, em novembro de 2009, todos viram na imprensa, perplexos, o desabafo exaltaldo do ex-senador Valmir Amaral, dono de um grande grupo de transportes, quando na sala da presidência da Câmara Legislativa, denunciou ter sido “vítima” de extorsão por parte de deputados e outros empresários do setor para a aprovação do projeto de lei do “passe livre estudantil” e, consequentemente poderia ficar de fora na divisão do “bolo”. O caso, simplesmente foi abafado e esquecido por todos.
 
foto: Campanella e Filippelli / Brasilia em OFF
Durante a campanha eleitoral, o candidato Agnelo prometeu uma devassa no setor de transportes do DF. Já governador, Agnelo nomeou para a presidência do DFTrans o senhor Marco Antônio Camapanella, ex-dirigente do grupo armado MR-8. Campanella, para quem não sabe, foi chefe de gabinete do então deputado federal Tadeu Filippelli. Militou por muito tempo na legenda do PMDB até criar o Partido Pátria Livre, o PPL. O óbvio seria Campanella ter saído candidato a deputado distrital pelo PMDB, porém foi alçado, inusitadamente, para as fileiras do PT, sob as bençãos de Paulo Tadeu e de Agnelo Queiroz. Como prêmio, Campanella ganhou a missão de operar o transporte público de Brasília.
 
foto: Brasília em OFF Campanella, Agnelo e Bolivar Rocha
Quando, aqui, foi postada a matéria “Torres Gêmeas de Agnelo Ameaçadas” os comentários da époxa davam conta da insatisfação de um grupo de “bin ladens tupiniquins” que teria acertado com Agnelo o controle do DFTrans. Essa seria mais uma promessa de campanha não cumprida por Agnelo. Contrariado, o grupo espalhou pela cidade informações que ameaçaria divulgar um vídeo no dia 21 de abril, que denunciava a suposta transação.
 
De fato, a ameaça não se concretizou. Entretanto, a partir disso, fatos entranhos aconteceram envolvendo alguns figurões do Palácio do Buriti. Primeiro, logo após as festividades do 51º aniversário de Brasília, o governador e seus dois assessores, Cláudio Monteiro e Bolivar Rocha, este último ex-servidor de Paulo Tadeu, viajaram, às pressas para a Argentina, com a desculpa de visitar estádios de futebol, visando a Copa de 2014. Depois, descobriu-se que a viagem não teve caráter oficial. Nada foi divulgado no Diário Oficial, nem mesmo a liberação de diárias e passagens aéreas para o grupo;
 
Segundo, o GDF, em seguida, anunciou encampar a empresa “FÁCIL, numa provável simulação de tirá-la do controle dos “canhedos”. Aparentemente, bateríamos “palmas” para a atitude do governo pela “firmeza” e “pujança” do ato;

Terceiro, os deputados distritais “revoltosos” decidem requerer a instalação de uma CPI para investigar os “negócios” envolvendo o DFTrans. O GDF petista, inexplicavelmente, consegue engavetá-la, numa manobra que lembra os tempos da ditadura contra a oposição. Membros do governo argumentaram que o Executivo já estaria adotando as medidas necessárias para sanar os problemas existentes no Departamento, além de uma investigação do Ministério Público. Assim, não haveria necessidade de uma CPI, e;
 
   foto: Brasília em OFF / A Reunião dos Rodoviários, Governo e Empresários: João Osório, Campanella, José Walter e Wagner Canhedo
Quarto, os rodoviários, de controle petista e incetivados pelos “patrões”, ameaçam uma greve geral por melhores salários. Cenário armado, os empresários do transporte batem à porta do Buriti e exigem o aumento das passagens dos coletivos. O GDF simula endurecer o jogo e mais uma vez, aparentemente, o seu ato merece palmas pela “firmeza” e pujança”. Rodoviários, empresários e o governo sentam diante de uma mesa  para “evitar” a greve geral. O GDF propõe aumentar o valor de 2 milhões de reias de custeio mensal do “passe livre” e  do transporte de pessoas portadoras de necessidades especiais para 9 milhões de reais, subisidiando assim o aumento salarial de 8% dos rodoviários. Importante salientar, que no início deste ano, o governo mais uma vez jogou para a “platéia” ao aprovar na CLDF a redução desse subsídio de 100% para um terço. O que, talvez, teria contrariado os interesses do grupo dos “bin ladens tupiniquins”.
 
Com a medida, o governo de Agnelo evitou desgastes com os rodoviários e os empresários, espantando, ao menos por enquanto as supostas “ameaças” do grupo. Motoristas e cobradores ganharam o que reivindicavam, garantindo 8% de aumento salarial. E, por fim, os empresários voltaram a ganhar os 9 milhoes de reais referentes aos subsídios do “passe livre”.
 
Para tudo tem uma explicação lógica, quase que matemática para entendermos que os superpoderes do secretário de Governo, deputado Paulo Tadeu, não foram adquiridos de forma vã ou dissociados de uma engenharia montada em torno da campanha de Agnelo Queiroz. Não tem santo nessa história...apenas o menino Thomas de Miriam...
 
Veja aqui o texto do jornalista José Seabra.
 
Fonte: Brasília em OFF

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