A deputada distrital Liliane Roriz (PSD) defendeu nesta quarta-feira (12) a efetivação do conselheiro José Roberto de Paiva Martins na próxima vaga que será aberta do Tribunal de Contas do DF. A cadeira surgirá na semana que vem com a aposentadoria compulsória da atual presidente, Marli Vinhandeli, que completa 70 anos. Auditor de carreira, Paiva Martins é conselheiro substituto e, por ter completado 66 anos na semana passada, estaria fora dos requisitos estabelecidos pela Constituição Federal de ser indicado para a vaga, que estabelece o limite de 65 anos.
“Há fatos que precisam ser analisados no caso do Paiva Martins. O
primeiro é que ele já responde como conselheiro há pelo menos três anos,
quando ele ainda não havia atingido a idade limite”, argumentou.
Liliane reforça ainda que o caso do conselheiro-substituto não poderia
ser encarado como indicação, uma vez que ele já ocupa uma cadeira na
corte de contas. “Não seria uma nomeação, seria apenas a efetivação do
conselheiro que já está na bancada”, defendeu ela.
De acordo com súmula 653, no Tribunal de Contas estadual, composto por
sete conselheiros, quatro devem ser escolhidos pela Assembleia
Legislativa e três pelo chefe do Poder Executivo, cabendo a este indicar
um dentre auditores e outro dentre membros do Ministério Público, e um
terceiro a sua livre escolha.“No caso da vaga deixada pela conselheira
Marli Vinhandeli, que é auditora, a cadeira teria de ser reservada a
outro auditor de carreira do TCDF”, sustentou a parlamentar.
Durante a tarde de terça-feira, na sessão do Tribunal de Contas do DF, o
conselheiro José Roberto de Paiva Martins chegou a manifestar-se sobre a
exclusão de seu nome dentre as possíveis indicações do governador do
DF, Agnelo Queiroz (PT). Paiva Martins suspeita da existência de uma
manobra para que a vaga não seja ocupada por um auditor de carreira.
“O que vislumbro com tudo isso é uma verdadeira manobra para criar
falsas expectativas em quem não conhece a fundo as normas
constitucionais e legais que regem os Tribunais de Contas com o objetivo
espúrio e desonesto de afastar meu direito líquido e certo de ser
nomeado para a vaga a ser aberta”,discursou ele. Durante sua fala, o
conselheiro-substituto conquistou apoio de integrantes do Ministério
Público do DF, do Sindicato dos Servidores da Câmara Legislativa e do
Tribunal de Contas do DF (Sindical), além da Associação Nacional dos
Auditores (Audicon), que protocolaram manifestos pela efetivação do
conselheiro no Tribunal.
Fonte: CLDF
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