O indiciamento de Rosemary Noronha por formação de quadrilha na
Operação Porto Seguro, somado às acusações de corrupção passiva, tráfico
de influência e falsidade ideológica, aumenta a pressão da oposição
para que ela vá ao Congresso.
Ontem, o senador Alvaro Dias (PSDB/PR)
apresentou, durante discurso na tribuna, um organograma da quadrilha que
atuava na venda de pareceres técnicos e jurídicos a empresas com
contratos com o governo. E mostrou que a ex-chefe de gabinete da
Presidência da República em São Paulo tinha papel de destaque no grupo.
“Não podemos ficar assistindo passivamente a uma quadrilha montada a
partir do escritório da Presidência”, declarou Dias.
O parlamentar vai aproveitar o dia de Casa cheia devido à votação do
requerimento de urgência sobre os vetos à lei dos royalties de petróleo
para reunir a oposição. Ele quer acelerar a votação de requerimento de
convocação de Rosemary na Comissão de Infraestutura, presidida pela
senadora Lúcia Vânia (PSDB/GO).
Alvaro Dias lembra que, “desde o
início”, ficou claro que Rosemary não era apenas mais uma integrante do
grupo, tendo influenciado diretamente na indicação dos irmãos Paulo
Vieira para uma diretoria da Agência Nacional de Águas (ANA) e de Rubens
Vieira para a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). “Ela foi a
responsável direta pela escalação dos times e depois mantinha
relacionamento direto com os demais integrantes da quadrilha”, reforça o
senador do PSDB.
Fonte: Correio Braziliense
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