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sábado, 17 de dezembro de 2011

DESTAQUE REVISTA ÉPOCA DA SEMANA: "UMA QUANTIA VULTOSA"

Um suplente de senador diz que Agnelo Queiroz lhe ofereceu dinheiro em troca da desistência de candidatura que favoreceria empresário

 
NO MEIO DO FOGO
O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. Ele agora é acusado por um ex-aliado
 
Ao longo de 2011, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), gastou boa parte do tempo com explicações sobre ligações obscuras com ongueiros, lobistas e empresários. Agora, um ex-petista, Hélio José Lima, suplente do senador Rodrigo Rollemberg (PSB), conta mais uma história constrangedora para Agnelo. “Agnelo me ofereceu dinheiro para eu desistir da candidatura. Não vou detalhar valores. Mas foi uma quantia vultosa”, disse Lima em entrevista a ÉPOCA. “Ele queria indicar o empresário Fernando Marques. É rico e daria suporte financeiro à campanha. Eu era apenas um militante do partido.” Lima é servidor concursado do Ministério de Minas e Energia.
 
Ele diz que ouviu a proposta de Agnelo poucos dias antes do registro da candidatura. “Não aceitei chantagem, nem cargos, nem oferta financeira”, afirmou. “Trata-se de mais uma denúncia criminosa, inconsistente, vinda de mais uma fonte sem credibilidade”, afirmou Agnelo, em nota a ÉPOCA.
 
Fernando Marques é filiado ao PTB.Duas empresas dele, a União Química e a Biolab, doaram R$ 300 mil à campanha de Agnelo. No período em que foi diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Agnelo concedeu à União Química um certificado necessário para a empresa participar de licitações. Ex-funcionário da União Química, o lobista Daniel Tavares disse que pagou propina a Agnelo para que o governador favorecesse a empresa. Depois de mostrar um comprovante de depósito de R$ 5 mil para Agnelo,Tavares mudou a versão. Disse que o valor era relativo ao pagamento de um empréstimo e que fez a acusação pressionado pela oposição.
 
A história de Lima é mais uma no enredo de confusões em que o governador Agnelo mergulhou. Na semana passada, o deputado federal Fernando Francischini (PSDB-PR) pediu a prisão de Agnelo em razão de suspeitas de enriquecimento ilícito de membros de sua família, entre eles a mãe e irmãos. Agnelo afirma que essas acusações também são mentirosas.
 
Por MURILO RAMOS
 
Fonte: Revista ÉPOCA 
Blog do Edson Sombra

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