Nada de confronto. Não surgiu uma chapa de contestação e a nova Mesa Diretora da Câmara Legislativa saiu quase como o Buriti queria. O deputado Wasny de Roure (PT) é o novo presidente e Agaciel Maia (PTC), o vice. Só houve um ajuste de última hora.
A chapa oficial previa que a primeira secretaria ficaria com Washington
Mesquita, único governista entre os quatro distritais do PSD. A escolha
foi contestada pelas companheiras de bancada de Washington e os
distritais acabaram escolhendo Eliana Pedrosa, por entender que era a
indicação do bloco. As demais secretarias foram para Israel Batista
(PEN) e Aylton Gomes (PR). A definição da Mesa Diretora contempla o
desenho feito pelo Executivo para o comando da Casa nos próximos dois
anos.
As articulações para a eleição, que só acontece no último mês do
biênio, começaram em janeiro deste ano e se estenderam até o último
minuto que antecedeu a composição. Durante o dia, o governador Agnelo
Queiroz fez reuniões com a base aliada para reafirmar o compromisso ao
plano A, de apoiar o petista Wasny. “Roriz, que era poderoso, perdeu a
eleição da Mesa no segundo biênio. Arruda também era forte e perdeu.
Formamos uma Mesa de consenso com Agnelo e Filippelli e isso mostra a
força política, feita por uma nova modalidade de politica”, comemorou o
líder do bloco PT/PRB, deputado Chico Vigilante.
Só a candidatura de Mesquita rachou o bloco de oposição, o PSD, que
optou pela indicação da deputada Eliana Pedrosa. Celina Leão apoiou
Eliana, enquanto Liliane Roriz apoiou Washington. Depois, em nome do
consenso, Liliane ficou com Eliana. Como lembraram depois os deputados,
garantia-se assim representação à minoria.
Deu em nada articulação de dissidentes para redesenhar a Mesa Diretora e
impor um não-petista. Desde a indicação do nome de Wasny pelo
governador, deputados favoráveis à alternância de poderes se uniram para
levantar um nome que pudesse derrotar o petista. Os distritais
licenciados Cristiano Araújo (PTB) e Alírio Neto (PEN ) ensaiaram uma
volta à Câmara para participar da votação. Não se conseguiu, porém,
número para eleger um outro candidato, de oposição à indicação do
governador.
Nas contas feitas durante quase todo o dia, 13 distritais teriam
participado das negociação como descontentes, sem conseguir unir-se.
Entretanto, para governistas, as contas não passaram de sete.
Veto cai, salários aumentarão
O
veto do governador ao projeto de reajuste salarial do quadro de pessoal
da Câmara Legislativa e do Tribunal de Contas do DF foi derrubado pelos
deputados distritais na
madrugada de hoje. O veto não tinha acordo para ser analisado, mas o
presidente Patrício voltou atrás no último minuto e incluiu o veto na
pauta.
A decisão não agradou a todos os distritais. “Isso é um absurdo”,
criticou o líder do bloco do PT/PRB, deputado Chico Vigilante (PT). Ao
todo, 23 deputados foram a favor do reajuste. Segundo o distrital, o
veto deveria ser analisado no próximo ano, em fevereiro, com calma, já
que o impacto do reajuste poderá prejudicar as contas do DF. “Tem
servidor que vai receber R$ 80 mil de pagamentos retroativos. Não sei se
é justo ou não, mas isso precisa ser levado em conta, pois quem paga
todos nós são os contribuintes e devem sabem quanto será paga a estes
servidores”, justificou o deputado.
Fonte: Jornal de Brasília - Por Camila Costa

Nenhum comentário:
Postar um comentário